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Pedaços de poste viram uma armadilha para pedestre na Sé
DE SÃO PAULO
Faz cerca de seis meses
que três pedaços enferrujados de metal, sobras do que
um dia foi um poste, estão
bem no meio de uma faixa de
pedestres no centro de SP.
Quem atravessa a rua Irmã
Simpliciana, encostada à
praça da Sé, tem de se desviar para não tropeçar nos
ferros, de 10 cm cada um. Um
vendedor de Zona Azul da região pôs um cone no local para evitar acidentes.
Dono de um bar em frente,
Francisco Neto, 45, disse já
ter perdido a conta de quantos distraídos esbarraram no
ex-poste. Mais comuns ainda, diz, são os danos aos carros que passam ali e são atingidos no cárter, equipamento do automóvel onde fica o
óleo que lubrifica o motor.
Os três pedaços de ferro
eram de um poste em que se
apoiava uma cancela que
bloqueava o acesso de carros
à rua. Com a retirada da cancela, em data que a prefeitura
não soube informar, o poste
perdeu a função. E, depois de
ser atingido por um carro, cedeu. Restaram os tocos.
"É um absurdo. Imagina
um pedaço de ferro daquele
para fora do asfalto há meses?", reclama o arquiteto José Heitor do Amaral Gurgel,
60, que passa perto do local
todos os dias para almoçar.
Segundo ele, a estrutura
abandonada é uma "armadilha". "É carro, é gente passando. Outro dia, vi um senhor quase tropeçar."
Apontada pela prefeitura
como responsável pelo assunto, a CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego) disse
que retirará os ferros da rua
neste final de semana.
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