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Para CET, chuva
pára tráfego
da Reportagem Local
O presidente da CET, Nelson
Maluf El Hage, atribuiu o trânsito
caótico de ontem diretamente à
chuva. "Não há dúvida nenhuma
de que o trânsito pára quando chove na cidade", disse El Hage.
Para o presidente da Companhia
de Engenharia de Tráfego, há várias explicações para o fenômeno,
entre as quais os alagamentos causados por bueiros entupidos.
Outra explicação importante, segundo ele, é que há mais carros nas
ruas quando chove. "As pessoas
evitam fazer pequenos percursos a
pé e usam o automóvel para tudo."
A velocidade dos veículos cai
também porque os motoristas ficam mais prudentes, na opinião de
Hage. "As pistas ficam mais escorregadias, perigosas, e os motoristas reduzem a velocidade. É bom
que façam isso, mas tem um reflexo na lentidão."
Mesmo assim, segundo ele, o número de pequenos acidentes aumenta, o que atravanca o trânsito.
O presidente da CET isenta de
culpa os buracos da cidade no que
diz respeito ao aumento de trânsito em dias de chuva. "Buraco atrapalha o trânsito em tempo seco ou
chuvoso. Tanto faz."
Se os buracos, somados à água,
não têm efeito sobre os veículos, o
mesmo não se pode dizer da ação
dos veículos, mais a água, sobre os
buracos.
"Chove, a água infiltra nos buracos e vai assoreando, removendo
terra, areia e argila de baixo do pavimento. O trânsito passa sobre os
buracos e aumenta a desagregação
do piso", diz Claudio Amaury
Dall'Acqua, presidente do Instituto de Engenharia.
Para Dall'Acqua, a água da chuva, simplesmente, não tem efeito
nocivo sobre o asfalto, desde que o
pavimento esteja bem cuidado,
sem fissuras.
"São Paulo está com um número muito grande de buracos nas
ruas e avenidas. A tendência é a situação agravar-se", disse.
(RV)
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