São Paulo, terça-feira, 05 de dezembro de 2000 |
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CRIME ORGANIZADO Votação de documento foi adiada CPI do Narcotráfico vota relatório final com 500 indiciamentos VALÉRIA DE OLIVEIRA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA Depois de receber pressão de acusados de envolvimento com o crime organizado, a CPI do Narcotráfico vota hoje seu relatório final, com mais de 1.400 páginas e cerca de 500 indiciamentos. A votação foi adiada duas vezes na semana passada. O presidente da comissão, deputado Magno Malta (PTB-ES), não esconde a tensão. "Sou de um dos Estados investigados e a pressão é muito grande." Malta se considera o destinatário da frase que o presidente da Assembléia Legislativa de seu Estado, José Carlos Gratz (PFL), teria dito ao falar sobre a possibilidade de ser indiciado. "Ele disse que vai ter derramamento de sangue e morte", afirmou Malta. Gratz é um dos deputados indiciados. Além dele, estão citados no relatório José Aleksandro (PSL-AC) e Augusto Farias (PPB-AL). Gratz foi procurado ontem para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado até as 19h. O relator da CPI, Moroni Torgan (PFL-CE), disse ontem que pedirá ao presidente Fernando Henrique Cardoso esta semana que assine um decreto criando uma comissão processante para acompanhar os processos judiciais gerados pelos indiciamentos. Ela seria o embrião de um órgão para combater o crime organizado. Com a ajuda da comissão, o Ministério Público, segundo Moroni, cuidaria de um processo único contra todos os envolvidos. O deputado Ildefonço Cordeiro (PFL-AC) também é citado no relatório, mas a comissão decidiu não indiciá-lo. Torgan afirmou que os indícios de envolvimento de Cordeiro com o narcotráfico que a CPI tinha eram "fracos". Texto Anterior: Sistema carcerário: Diretor é exonerado e rebelião acaba em MG Próximo Texto: Direitos humanos: Coordenadora da Pastoral da Criança e ONG gaúcha vencem premiação Índice |
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