Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CÁSSIA ELLER
Companheira da cantora afirma que vai pedir a guarda de Chicão
"Ele é meu filho", diz Eugênia
FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO
Companheira de Cássia Eller
por 14 anos, a mineira Maria Eugênia Vieira Martins, 40, disse que
vai pedir a guarda do filho da cantora, Chicão, porque se sente mãe
dele. "Ele é meu filho."
Sobre a morte da companheira,
ela arrisca um palpite: infarto. Nega que houvesse um relacionamento amoroso entre a cantora e
a percussionista Lan Lan (Elaine
Moreira), que levou Eller ao hospital. Eugênia está na casa de uma
irmã, em Brasília, e falou à Folha
por telefone.
Folha - Por que você decidiu pedir
a guarda de Francisco na Justiça?
Maria Eugênia Vieira Martins
-Tenho o apoio de toda a família
da Cássia, com exceção do pai. É
meu filho. Cuido dessa criança
desde antes de ela nascer. Está
sendo muito difícil, mas o mínimo que pode acontecer para o
Francisco é ele ter a escola dele, os
amigos dele e a vida dele. Não me
imagino vivendo sem essa criança. Acompanhei a gravidez. Eu
me considero mãe dele, e ele me
considera mãe dele. A gente tem
de levar em conta o desejo da Cássia e, acima de tudo, do Francisco.
O melhor para ele agora é continuar com a mãe dele, com a mãe
que sobrou.
Folha - O pai de Cássia Eller negou
ter dito que pediria a guarda de
Francisco, mas disse que poderia
vir para o Rio ajudar a criar o garoto. O que você acha disso?
Eugênia - Não existe possibilidade de morar com essa pessoa. Principalmente depois dessas declarações. Recebi o pai da Cássia na minha casa durante mais de dois meses, ele foi extremamente bem tratado, sempre tive uma relação muito boa com ele. Morar com ele é
uma hipótese que não existe.
Folha - Havia um relacionamento
amoroso entre Cássia e Lan Lan?
Eugênia - A Lan Lan é uma amiga muito querida, trabalhava com
a Cássia havia muitos anos. Já viajamos juntas para a casa da família dela. Quanto a essa questão do
relacionamento das duas, desconheço, é uma besteira.
Folha - O pai de Cássia teria levantado a possibilidade de "homicídio causado por uma triangulação amorosa".
Eugênia - O que espanta nessas
declarações do Eller é ele jogar o
nome da filha dele assim. É uma
besteira. Não estou preocupada
com isso. Acho que o interesse dele é financeiro. Cássia não deixou
testamento nem fez seguro. Se
existe algum seguro, é da gravadora, e não temos conhecimento.
Folha - Como estava Cássia nos
últimos dias?
Eugênia - Muito deprimida. Foi
um ano muito intenso, de muito
trabalho. Tinha a questão do sucesso, a relação com o dinheiro.
Cássia era muito simples. Estava
muito estressada. Realmente não
deve ser fácil, para uma pessoa tímida, lidar com isso. A Cássia era
muito tímida e não estava sabendo se relacionar com isso.
Folha - Ela tinha voltado a usar
drogas?
Eugênia - Há um ano ela começou um tratamento de desintoxicação. Ela estava bebendo. É o que
sei. Droga, pelo menos perto de
mim e do Francisco, não acontecia. Ela não estava reagindo bem à
bebida, justamente por causa do
estresse e da depressão. Começou
a fazer análise, mas o tratamento
era irregular. Quando estava no
Rio, quando conseguia tempo, ia.
Agora estava parado.
Folha - Você tem algum palpite
sobre a morte da Cássia?
Eugênia - Acho que teve um infarto. Estava estressada, numa
idade de risco, com hábitos de risco. Acho que a clínica não conseguiu diagnosticar.
Folha - Houve falha no atendimento?
Eugênia - Não sou médica, não
quero levantar falsas acusações.
Texto Anterior: Revista: Brasil é um dos cinco maiores em licenciamento Próximo Texto: Artistas fazem campanha de solidariedade Índice
|