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TRÂNSITO
O tráfego de veículos que descem do centro ou sobem a Rebouças sem entrar no futuro túnel sofrerá afunilamento
Acesso à Faria Lima terá apenas uma faixa
PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando estiver pronta, a passagem subterrânea da Rebouças vai
deixar a avenida com apenas uma
faixa para os carros nas ligações
com a Faria Lima, o que pode
complicar o trânsito na região.
Para quem desce do centro e
não entra no túnel, haverá só uma
faixa a partir da rua Maria Carolina até a avenida Faria Lima.
Quem vem da Faria Lima e sobe a
Rebouças também encontrará
apenas uma faixa, que só mais
adiante se abre em duas.
Com isso, qualquer problema
nesses trechos, como um carro
quebrado, pode provocar transtornos para os motoristas.
Além da incógnita do trânsito,
moradores temem que, com esse
afunilamento, os motoristas procurem alternativas por ruas menores que cruzam os bairros.
A rua Sampaio Vidal, que já está
sendo utilizada como desvio na
construção da passagem, é um
exemplo. Basicamente residencial, pode virar um corredor alternativo, se o afunilamento na av.
Rebouças piorar o trânsito.
Questão de espaço
Contrário à obra, o ex-presidente da CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) Roberto Scaringella diz que o melhor seriam
duas faixas, mas o projeto tem de
se limitar à área disponível. Ele
defende investimento em operação, como a implementação de
semáforos inteligentes.
Esses trechos terão apenas uma
faixa porque o projeto ideal não
"cabe" no espaço da Rebouças.
Para tentar diminuir esse problema, a prefeitura reduziu o canteiro central e tirou uma parte da
calçada do lado de Pinheiros, que
vai cair de 3,20 metros para 2.
O principal objetivo da obra é
melhorar o trânsito na região,
porque os motoristas dos carros
que seguirem na Rebouças em direção à Eusébio Matoso, e vice-versa, não terão mais de parar no
cruzamento da Faria Lima.
O autor do projeto é o escritório
do arquiteto Júlio Neves, que fez
obras na gestão do ex-prefeito
Paulo Maluf (93-96), como a extensão na própria Faria Lima.
No total, as obras na Rebouças
devem durar cerca de 11 meses e
têm um custo estimado de R$ 66
milhões, segundo o secretário
municipal Valdemir Garreta, que
cuida do projeto.
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