São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2004

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TRÂNSITO

O tráfego de veículos que descem do centro ou sobem a Rebouças sem entrar no futuro túnel sofrerá afunilamento

Acesso à Faria Lima terá apenas uma faixa

PEDRO DIAS LEITE
DA REPORTAGEM LOCAL

Quando estiver pronta, a passagem subterrânea da Rebouças vai deixar a avenida com apenas uma faixa para os carros nas ligações com a Faria Lima, o que pode complicar o trânsito na região.
Para quem desce do centro e não entra no túnel, haverá só uma faixa a partir da rua Maria Carolina até a avenida Faria Lima. Quem vem da Faria Lima e sobe a Rebouças também encontrará apenas uma faixa, que só mais adiante se abre em duas.
Com isso, qualquer problema nesses trechos, como um carro quebrado, pode provocar transtornos para os motoristas.
Além da incógnita do trânsito, moradores temem que, com esse afunilamento, os motoristas procurem alternativas por ruas menores que cruzam os bairros.
A rua Sampaio Vidal, que já está sendo utilizada como desvio na construção da passagem, é um exemplo. Basicamente residencial, pode virar um corredor alternativo, se o afunilamento na av. Rebouças piorar o trânsito.

Questão de espaço
Contrário à obra, o ex-presidente da CET (Companhia de Engenharia do Tráfego) Roberto Scaringella diz que o melhor seriam duas faixas, mas o projeto tem de se limitar à área disponível. Ele defende investimento em operação, como a implementação de semáforos inteligentes.
Esses trechos terão apenas uma faixa porque o projeto ideal não "cabe" no espaço da Rebouças. Para tentar diminuir esse problema, a prefeitura reduziu o canteiro central e tirou uma parte da calçada do lado de Pinheiros, que vai cair de 3,20 metros para 2.
O principal objetivo da obra é melhorar o trânsito na região, porque os motoristas dos carros que seguirem na Rebouças em direção à Eusébio Matoso, e vice-versa, não terão mais de parar no cruzamento da Faria Lima.
O autor do projeto é o escritório do arquiteto Júlio Neves, que fez obras na gestão do ex-prefeito Paulo Maluf (93-96), como a extensão na própria Faria Lima.
No total, as obras na Rebouças devem durar cerca de 11 meses e têm um custo estimado de R$ 66 milhões, segundo o secretário municipal Valdemir Garreta, que cuida do projeto.


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