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SISTEMA PRISIONAL
Coronel é afastado a pedido de rebelados
Presos mantêm 60 pessoas reféns durante rebelião em Manaus
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
Até as 17h (19h em Brasília) de
ontem, presos da unidade de segurança máxima do Complexo
Penitenciário Anísio Jobim continuavam rebelados e mantendo
reféns cerca de 60 pessoas -11
agentes penitenciários, além de
familiares e amigos dos presos,
em Manaus (AM).
A rebelião começou no sábado e
entre as reivindicações dos presos
havia a exoneração do secretário
da Justiça, Carlos Lélio Lauria, e a
saída das empresas privadas da
administração do presídio.
Ontem, porém, uma das reivindicações mais difíceis foi aceita
pelo governo: o afastamento temporário do assessor do Departamento Penitenciário, o coronel da
Polícia Militar Fernando de Oliveira, acusado de determinar tortura aos detentos.
"É uma pressão dos presos, mas
o afastamento é temporário para
apurarmos as acusações", disse
Lauria. Oliveira não foi encontrado ontem pela reportagem para
comentar seu afastamento.
Os presos liberaram 19 parentes, sendo cinco crianças, e três
agentes penitenciários. A água e a
luz não foram cortadas, disse o capitão Hermes Silva, que participava das negociações. "Todos estão
sendo alimentados e o clima é
tranquilo, sem ameaças."
No início do motim, o preso
Jander Ricardo Marajó de Souza,
34, foi ferido a tiros no tórax, e ontem teve morte cerebral, pois a
bala havia se alojado no crânio.
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