São Paulo, terça-feira, 06 de janeiro de 2004

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SISTEMA PRISIONAL

Coronel é afastado a pedido de rebelados

Presos mantêm 60 pessoas reféns durante rebelião em Manaus

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Até as 17h (19h em Brasília) de ontem, presos da unidade de segurança máxima do Complexo Penitenciário Anísio Jobim continuavam rebelados e mantendo reféns cerca de 60 pessoas -11 agentes penitenciários, além de familiares e amigos dos presos, em Manaus (AM).
A rebelião começou no sábado e entre as reivindicações dos presos havia a exoneração do secretário da Justiça, Carlos Lélio Lauria, e a saída das empresas privadas da administração do presídio.
Ontem, porém, uma das reivindicações mais difíceis foi aceita pelo governo: o afastamento temporário do assessor do Departamento Penitenciário, o coronel da Polícia Militar Fernando de Oliveira, acusado de determinar tortura aos detentos.
"É uma pressão dos presos, mas o afastamento é temporário para apurarmos as acusações", disse Lauria. Oliveira não foi encontrado ontem pela reportagem para comentar seu afastamento.
Os presos liberaram 19 parentes, sendo cinco crianças, e três agentes penitenciários. A água e a luz não foram cortadas, disse o capitão Hermes Silva, que participava das negociações. "Todos estão sendo alimentados e o clima é tranquilo, sem ameaças."
No início do motim, o preso Jander Ricardo Marajó de Souza, 34, foi ferido a tiros no tórax, e ontem teve morte cerebral, pois a bala havia se alojado no crânio.


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