|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corretor é acusado de matar homem em condomínio na avenida Angélica
Vítima namorava a ex-mulher do suspeito; local do crime é de alto padrão
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O corretor de imóveis Caio
Sérgio Vicente de Azevedo Toledo, 52, é acusado pela polícia
de ter matado com um tiro na
cabeça o comerciante Eduardo
Forte Braitt, 48, namorado da
sua ex-mulher, na garagem do
edifício de alto padrão onde ela
mora com duas filhas e uma neta, no bairro de Santa Cecília,
no centro de São Paulo.
O suspeito está foragido desde anteontem à noite, quando
teria praticado o crime no número 551 do prédio Guará, na
avenida Angélica. O advogado
Nelson Cassis, que defende o
acusado, afirma que seu cliente
agiu em legítima defesa ao matar o comerciante. Segundo ele,
Toledo vai se apresentar à polícia na semana que vem (leia
texto ao lado).
A principal testemunha do
caso é o porteiro Gil Eanes
Glaydson Monteiro de Souza,
34, que declarou ter visto o corretor correr para a garagem
apontando a arma para o comerciante. Ele, porém, não presenciou o disparo.
Segundo o porteiro, o que
motivou o assassinato foi o fato
de Toledo ter encontrado o carro da vítima, um Pálio, estacionado na vaga do apartamento
onde mora sua ex-mulher, a
síndica Giselia dos Santos Leite
Toledo, que não estava no local
-viaja num cruzeiro marítimo.
O acusado é dono do sétimo
andar onde mora Giselia e as filhas Gabriela, 19, e Renata, 21,
além da neta. Ele também pagaria o condomínio, no valor de
R$ 1.500. Em média, cada imóvel é avaliado em R$ 350 mil.
Separado da mulher há dois
anos, o corretor morava em outro prédio no mesmo bairro. Já
a vítima, namorava a síndica
havia oito meses.
Segundo o porteiro, Toledo
se irritou quando chegou com a
atual namorada, Lilian Beatriz
Garcia, e viu o carro do namorado da ex-mulher na garagem.
Ainda de acordo com Souza,
disposto a se vingar do comerciante, o corretor derramou gasolina no carro da vítima. Sua
intenção seria queimá-lo, mas
foi demovido da idéia pela namorada e pelo porteiro, que
chamou a PM -que demorou
30 minutos para chegar.
Quando Braitt chegou a garagem, foi apresentado ao corretor, que fez menção de cumprimentá-lo, mas lhe deu um soco
e uma coronhada na cabeça,
sempre segundo Souza.
A vítima então teria corrido
para a portaria. Ao tentar impedir a perseguição, o porteiro diz
ter sido ameaçado. "O Caio
apertou o gatilho duas vezes,
mas o tiro não saiu", afirmou
Souza. "Só ouvi o tiro", disse o
porteiro, que afirma ter visto
Toledo guardar a arma e sair
caminhando com tranqüilidade -seguido da namorada.
O 77º Distrito Policial investiga o caso como homicídio
qualificado.
Colaborou o "Agora"
Texto Anterior: Soldados ficarão de prontidão, diz ministro Próximo Texto: Para advogado, cliente agiu em legítima defesa Índice
|