São Paulo, sábado, 06 de janeiro de 2007

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Corretor é acusado de matar homem em condomínio na avenida Angélica

Vítima namorava a ex-mulher do suspeito; local do crime é de alto padrão

KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O corretor de imóveis Caio Sérgio Vicente de Azevedo Toledo, 52, é acusado pela polícia de ter matado com um tiro na cabeça o comerciante Eduardo Forte Braitt, 48, namorado da sua ex-mulher, na garagem do edifício de alto padrão onde ela mora com duas filhas e uma neta, no bairro de Santa Cecília, no centro de São Paulo.
O suspeito está foragido desde anteontem à noite, quando teria praticado o crime no número 551 do prédio Guará, na avenida Angélica. O advogado Nelson Cassis, que defende o acusado, afirma que seu cliente agiu em legítima defesa ao matar o comerciante. Segundo ele, Toledo vai se apresentar à polícia na semana que vem (leia texto ao lado).
A principal testemunha do caso é o porteiro Gil Eanes Glaydson Monteiro de Souza, 34, que declarou ter visto o corretor correr para a garagem apontando a arma para o comerciante. Ele, porém, não presenciou o disparo.
Segundo o porteiro, o que motivou o assassinato foi o fato de Toledo ter encontrado o carro da vítima, um Pálio, estacionado na vaga do apartamento onde mora sua ex-mulher, a síndica Giselia dos Santos Leite Toledo, que não estava no local -viaja num cruzeiro marítimo.
O acusado é dono do sétimo andar onde mora Giselia e as filhas Gabriela, 19, e Renata, 21, além da neta. Ele também pagaria o condomínio, no valor de R$ 1.500. Em média, cada imóvel é avaliado em R$ 350 mil.
Separado da mulher há dois anos, o corretor morava em outro prédio no mesmo bairro. Já a vítima, namorava a síndica havia oito meses.
Segundo o porteiro, Toledo se irritou quando chegou com a atual namorada, Lilian Beatriz Garcia, e viu o carro do namorado da ex-mulher na garagem.
Ainda de acordo com Souza, disposto a se vingar do comerciante, o corretor derramou gasolina no carro da vítima. Sua intenção seria queimá-lo, mas foi demovido da idéia pela namorada e pelo porteiro, que chamou a PM -que demorou 30 minutos para chegar.
Quando Braitt chegou a garagem, foi apresentado ao corretor, que fez menção de cumprimentá-lo, mas lhe deu um soco e uma coronhada na cabeça, sempre segundo Souza.
A vítima então teria corrido para a portaria. Ao tentar impedir a perseguição, o porteiro diz ter sido ameaçado. "O Caio apertou o gatilho duas vezes, mas o tiro não saiu", afirmou Souza. "Só ouvi o tiro", disse o porteiro, que afirma ter visto Toledo guardar a arma e sair caminhando com tranqüilidade -seguido da namorada.
O 77º Distrito Policial investiga o caso como homicídio qualificado.


Colaborou o "Agora"

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