Grupo reclama de empresa que vendeu viagem para BA

SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mais da metade dos clientes da empresa brasiliense Impacto Turismo, que vendeu pacotes de Réveillon para Arraial D'Ajuda, teve problemas com a programação e a hospedagem na cidade baiana. Dos mais de 400 turistas que pagaram R$ 1.200 pela viagem, 220 não tiveram hospedagem garantida durante os seis dias do pacote nem os ingressos para shows de axé, previstos no contrato.
Além do prejuízo financeiro (os ingressos valiam R$ 500), os turistas reclamam de atraso na saída, falta de guias e de agendamento nas pousadas.
As estudantes Talita Brandão, 21, e Fabiana Terra, 20, acertaram quarto para quatro pessoas, mas dividiram hospedagem com mais seis meninas. Saíram às pressas porque não tinham dinheiro para pagar o que a pousada cobrou, alegando falta de pagamento.
A advogada Priscila Batista Bertolo, 29, descobriu no meio do caminho que os ingressos não haviam sido comprados. A história se espalhou e o dono da empresa, Rafael Oliveira de Carvalho, 23, que viajava em um dos ônibus, foi ameaçado e viajou para Salvador.
Segundo o delegado Aluízio de Carvalho, Carvalho "funciona" como empregado de Marcos Tiago Pereira, 38, que trabalha com turismo em Brasília há 15 anos e já foi acusado de fraudes. O delegado informou que Pereira gerenciava o negócio e foi o responsável por fechar todos os contratos, no valor de quase R$ 500 mil.
Carvalho disse ter sido vítima de golpe ao aceitar o convite de Pereira de abrir uma empresa em seu nome. Afirmou que fazia "trabalho de escritório" e recebia 2% do valor das vendas.
Pereira disse que a falta de ingressos se deu por causa de cheques sem fundo emitidos por clientes. Afirmou ter feito o pagamento às pousadas e que irá à Justiça contra aquelas que cobraram a mais. A Impacto está funcionando normalmente. Até o final da tarde de ontem, Pereira atendeu 21 clientes e disse que começará amanhã a devolver valores.


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