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ERMELINDA ROLIM (1931-2009)
A prima que inventou o apelido para o craque Zico
MARIANA BARROS
DA REPORTAGEM LOCAL
Arthurzinho, Arthurzico,
Tuzico, Zico. Arthur Antunes
Coimbra recebeu da prima
Ermelinda Rolim o apelido
que o imortalizou no futebol.
"Ela tinha mania de inventar apelidos", diz Maria José,
a Zezé, irmã de Zico, que era
chamada por Ermelinda de
Teteca. "Muitos desses nomes a gente não gostava, mas
pegavam. Como o Zico era
muito bebê, ele não teve nem
tempo de reagir ao apelido,
mas a verdade é que se você
chamá-lo de Arthur, ele não
sabe quem é", brinca a irmã.
Como perdera a mãe ainda
bebê, de tuberculose, Ermelinda e os irmãos foram criados com a ajuda do pai do camisa dez da Gávea, José Antunes Coimbra. Ele, assim como
o pai de Ermelinda, vieram de
Portugal para viver no Rio.
Moravam próximos, em
Quintino, bairro da capital
fluminense, e as famílias frequentavam uma a casa da outra. "Ela nos paparicava muito. Lembro que a primeira televisão que tivemos foi dada
por Ermelinda e seus irmãos", relembra Zezé.
Foi na alfaiataria do tio que
Ermelinda conheceu o oficial
de costura Antônio Rolim,
com que se casou aos 33, idade então considerada tardia.
Assim como a mãe, Ermelinda teve tuberculose, que se
manifestou quando tinha 17
anos, tornando frágil sua saúde. Funcionária pública aposentada e flamenguista doente, ela vivia em Petrópolis, onde morreu na quinta, devido a
um câncer de pâncreas.
A missa de sétimo dia foi
marcada para amanhã, às 11h,
na igreja Nossa Senhora de
Copacabana, no Rio.
coluna.obituario@uol.com.br
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