São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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PELO BRASIL
Porto Alegre legalizou lotação há 25 anos

JAIRO MARQUES
da Agência Folha

Porto Alegre (RS) é uma capital em que o uso de lotações funciona e é regulamentado desde 1975. Aproximadamente 100 mil pessoas (cerca de 9% do universo de usuário de transporte coletivo na cidade) se utilizam do chamado "táxi-lotação" diariamente.
As 403 lotações da capital gaúcha são microônibus com capacidade para 21 pessoas sentadas (é proibido transportar em pé).
Existem 28 linhas e projeto para abertura de mais seis até o final do ano. O preço da tarifa varia de R$ 1,40 a R$ 1,50, dependendo da quilometragem percorrida. Os ônibus cobram tarifa de R$ 0,80.
"É uma opção de transporte, por isso é mais cara. Fizemos uma pesquisa que revelou que 46% dos usuários do "táxi-lotação" têm carro, mas preferem a comodidade de não dirigir", disse Alexandre Gulart, diretor de Transportes da EPTC (Empresa Pública de Transportes e Circulação).
Para cada lotação na rua, segundo a empresa, são 36 carros a menos no trânsito de Porto Alegre.
A EPTC foi criada em 1998 e, entre outras finalidades, é responsável pela fiscalização dos transportes coletivos em Porto Alegre e na região metropolitana. A empresa, que tem um convênio com o governo do Estado, conta com 350 fiscais e 36 veículos. No ano passado, aplicou cem multas em lotações clandestinas (a multa é de 2.000 Ufirs, cerca de R$ 2.100, e dobra em caso de reincidência).
Segundo a EPTC, em 1999, 51 peruas clandestinas foram multadas e retiradas de circulação. Eles calculam que cem veículos clandestinos atuavam na capital e na região metropolitana no período.
"Porto Alegre tem um sistema de transportes organizado e diferenciado. Eles (perueiros) ocupam o espaço deles", diz Ênio Roberto Dias dos Reis, presidente da ATP (Associação das Empresas de Transporte de Passageiros).


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