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PELO BRASIL
Porto Alegre legalizou lotação há 25 anos
JAIRO MARQUES
da Agência Folha
Porto Alegre (RS) é uma capital
em que o uso de lotações funciona
e é regulamentado desde 1975.
Aproximadamente 100 mil pessoas (cerca de 9% do universo de
usuário de transporte coletivo na
cidade) se utilizam do chamado
"táxi-lotação" diariamente.
As 403 lotações da capital gaúcha são microônibus com capacidade para 21 pessoas sentadas (é
proibido transportar em pé).
Existem 28 linhas e projeto para
abertura de mais seis até o final do
ano. O preço da tarifa varia de R$
1,40 a R$ 1,50, dependendo da
quilometragem percorrida. Os
ônibus cobram tarifa de R$ 0,80.
"É uma opção de transporte,
por isso é mais cara. Fizemos uma
pesquisa que revelou que 46% dos
usuários do "táxi-lotação" têm
carro, mas preferem a comodidade de não dirigir", disse Alexandre Gulart, diretor de Transportes
da EPTC (Empresa Pública de
Transportes e Circulação).
Para cada lotação na rua, segundo a empresa, são 36 carros a menos no trânsito de Porto Alegre.
A EPTC foi criada em 1998 e, entre outras finalidades, é responsável pela fiscalização dos transportes coletivos em Porto Alegre e na
região metropolitana. A empresa,
que tem um convênio com o governo do Estado, conta com 350
fiscais e 36 veículos. No ano passado, aplicou cem multas em lotações clandestinas (a multa é de
2.000 Ufirs, cerca de R$ 2.100, e
dobra em caso de reincidência).
Segundo a EPTC, em 1999, 51
peruas clandestinas foram multadas e retiradas de circulação. Eles
calculam que cem veículos clandestinos atuavam na capital e na
região metropolitana no período.
"Porto Alegre tem um sistema
de transportes organizado e diferenciado. Eles (perueiros) ocupam o espaço deles", diz Ênio Roberto Dias dos Reis, presidente da
ATP (Associação das Empresas
de Transporte de Passageiros).
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