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ESPAÇO URBANO
Índice medido pelo Datafolha passou de 5,3 em setembro para 5,4 em novembro do ano passado
Qualidade de vida tem pequena melhora
especial para a Folha
O Índice de Qualidade de Vida
(IQV) da cidade de São Paulo calculado pelo Datafolha teve uma
pequena melhora no final de
1999. Em uma escala que vai de 0 a
10, ele foi de 5,3 em setembro para
5,4 em novembro.
Mesmo assim, o IQV continua
dentro da faixa considerada como
de qualidade de vida insatisfatória
(3,4 a 6,6). É o mesmo índice apurado pelo instituto em junho e
agosto. A pesquisa, feita em dezembro, se referia à qualidade de
vida no mês anterior.
O IQV é uma média de dez subíndices medidos a cada dois meses pelo Datafolha. Em novembro, os que apresentaram melhora em relação ao anterior foram
segurança, poder aquisitivo, qualidade do ar, lazer, serviços de
saúde e de saneamento.
Na parte negativa, os índices de
educação, trabalho, trânsito, condições de habitação e moradia tiveram resultados piores do que os
de setembro.
Mesmo passando de 3,8 para 4,2
nesse período, o índice de segurança está entre os três principais
fatores que puxam a qualidade de
vida em São Paulo para baixo. Só
não é pior do que o lazer (2,8 para
2,9) e a qualidade do ar (3,4 para
3,5).
O motivo de o índice de segurança ter apresentado essa leve
melhora foi a pequena redução do
número de assassinatos no bimestre outubro/novembro em
comparação com o bimestre
agosto/setembro.
Esse pequeno avanço, entretanto, não serve para comemoração.
As estatísticas de dezembro do
Pro-Aim (órgão responsável pelo
acompanhamento das estatísticas
de mortalidade da Prefeitura de
São Paulo) mostram novo crescimento dos assassinatos que deverá se refletir no IQV de fevereiro.
Já a evolução do índice de poder
aquisitivo de 5,4 para 5,6 pode ser
explicada pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário no final de novembro. Isso se refletiu
em algumas das perguntas que
compõem o índice.
Entre todos os fatores que compõem o IQV, o que apresenta a
melhor performance é o de serviços básicos de saneamento e infra-estrutura, o único que atinge a
faixa de qualidade satisfatória. Ele
passou de 6,9 para 7,1 entre setembro e novembro, alcançando
o melhor resultado desde que o
levantamento começou.
Na outra ponta, o índice de trabalho caiu para 6,1, depois de ter
registrado melhoria significativa
entre julho e setembro, quando
havia subido de 5,9 para 6,3.
Essa involução em novembro
foi causada pelo fato de 30% dos
paulistanos que estão trabalhando terem declarado que correm
risco de serem demitidos. Esse
percentual era menor (26%) na
pesquisa anterior.
(JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO)
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