São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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ESPAÇO URBANO
Índice medido pelo Datafolha passou de 5,3 em setembro para 5,4 em novembro do ano passado
Qualidade de vida tem pequena melhora

especial para a Folha

O Índice de Qualidade de Vida (IQV) da cidade de São Paulo calculado pelo Datafolha teve uma pequena melhora no final de 1999. Em uma escala que vai de 0 a 10, ele foi de 5,3 em setembro para 5,4 em novembro.
Mesmo assim, o IQV continua dentro da faixa considerada como de qualidade de vida insatisfatória (3,4 a 6,6). É o mesmo índice apurado pelo instituto em junho e agosto. A pesquisa, feita em dezembro, se referia à qualidade de vida no mês anterior.
O IQV é uma média de dez subíndices medidos a cada dois meses pelo Datafolha. Em novembro, os que apresentaram melhora em relação ao anterior foram segurança, poder aquisitivo, qualidade do ar, lazer, serviços de saúde e de saneamento.
Na parte negativa, os índices de educação, trabalho, trânsito, condições de habitação e moradia tiveram resultados piores do que os de setembro.
Mesmo passando de 3,8 para 4,2 nesse período, o índice de segurança está entre os três principais fatores que puxam a qualidade de vida em São Paulo para baixo. Só não é pior do que o lazer (2,8 para 2,9) e a qualidade do ar (3,4 para 3,5).
O motivo de o índice de segurança ter apresentado essa leve melhora foi a pequena redução do número de assassinatos no bimestre outubro/novembro em comparação com o bimestre agosto/setembro.
Esse pequeno avanço, entretanto, não serve para comemoração. As estatísticas de dezembro do Pro-Aim (órgão responsável pelo acompanhamento das estatísticas de mortalidade da Prefeitura de São Paulo) mostram novo crescimento dos assassinatos que deverá se refletir no IQV de fevereiro.
Já a evolução do índice de poder aquisitivo de 5,4 para 5,6 pode ser explicada pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário no final de novembro. Isso se refletiu em algumas das perguntas que compõem o índice.
Entre todos os fatores que compõem o IQV, o que apresenta a melhor performance é o de serviços básicos de saneamento e infra-estrutura, o único que atinge a faixa de qualidade satisfatória. Ele passou de 6,9 para 7,1 entre setembro e novembro, alcançando o melhor resultado desde que o levantamento começou.
Na outra ponta, o índice de trabalho caiu para 6,1, depois de ter registrado melhoria significativa entre julho e setembro, quando havia subido de 5,9 para 6,3.
Essa involução em novembro foi causada pelo fato de 30% dos paulistanos que estão trabalhando terem declarado que correm risco de serem demitidos. Esse percentual era menor (26%) na pesquisa anterior. (JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO)

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