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Para empresários, licitação tem muitas exigências
DA REPORTAGEM LOCAL
Os empresários de ônibus
resistem à licitação por avaliar que ela estabelece muitas
exigências na execução dos
serviços e poucas garantias
de retorno financeiro.
Pelas regras contratuais, as
viações terão que, no prazo
de cinco anos, manter uma
frota com idade média de
cinco anos -hoje, ela passa
de sete anos e três meses.
Elas ainda serão obrigadas a
implantar veículos com padrões tecnológicos diferenciados nos corredores.
A remuneração pelo serviço prestado é considerada
pequena pelos patrões -será, no máximo, entre R$
0,7114 e R$ 1,1465 por passageiro, dependendo da região. Hoje, elas recebem perto de R$ 1,60 por usuário pagante, mas não são pagas pelas gratuidades e baldeações,
diferentemente do que
acontecerá após a licitação.
A concorrência projeta
quase 190 milhões de passageiros por mês no sistema de
transporte, incluindo ônibus
e lotações -previsão contestada pelos patrões. Os
ônibus, hoje, transportam
90 milhões, mas já transportaram 160 milhões em 1995.
Os empresários reclamam
ainda das baldeações. A
quantidade de usuários que
usa mais de uma condução
deve subir de 25% para 48%.
Eles temem que os passageiros não se acostumem.
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