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Para psiquiatra, PT não pode cair em "armadilha"
DA REPORTAGEM LOCAL
Ronaldo Laranjeira, presidente da Abead (Associação
Brasileira de Estudos em Álcool e Drogas) e psiquiatra da
Universidade Federal de São
Paulo, defende a atuação da Senad. "Nos últimos dois anos, a
secretaria tem feito um trabalho importante, ouvido os diferentes setores envolvidos nas
questões de dependência e buscando consensos."
Segundo Laranjeira, as pessoas e instituições que querem
o fim da Senad e a mudança de
política não são, na maioria, da
área acadêmica e defendem a
legalização das drogas disfarçada em política de descrimininalização. Sua política de prevenção e de redução de danos
"parte do princípio de que todas as pessoas usam ou vão
usar drogas". "A prevenção visa que não se comece a usar."
O presidente da Abead diz esperar "que o PT não caia na armadilha dessas pessoas que se
apresentam com uma pretensão de modernidade, quando
não há nada de novo e nada de
consistente nas suas propostas". "Meu medo é que o trabalho dos últimos anos venha a
ser destruído por um grupo
com tendência exclusivista em
detrimento de outras idéias
que já estão sendo implementadas." Laranjeira diz que a Senad não defende uma linha
americana. "Ela avançou, sim,
apesar dos poucos recursos."
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