|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Turista é morto em briga para baixar o som
Empresário foi baleado na cabeça durante bate-boca com dono de quiosque em Caraguatatuba, no litoral norte de SP
Segundo Polícia Civil, foi o 1º homicídio na região neste Carnaval; para delegado, pessoas perdem a cabeça devido ao excesso de bebida
FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA
Um turista morador de São
Paulo morreu na madrugada de
ontem após ser baleado em
uma briga na praia de Massaguaçu, em Caraguatatuba (173
km de São Paulo), no litoral
norte do Estado. Foi o primeiro
homicídio registrado naquela
região neste Carnaval, segundo
a Polícia Civil. O município registrou a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do
Estado, 70,4, no "Mapa da Violência" divulgado pelo governo
federal na semana passada.
Dono de uma empresa de entregas de encomendas por moto, Rafael Gonzales, 25, morador do Jardim da Saúde (zona
sul da capital), foi atingido na
cabeça. O tiro foi disparado
quando ele brigava com o dono
de um quiosque da praia.
Segundo a polícia, uma testemunha disse que a arma era da
vítima. Outras, porém, disseram não terem visto o rapaz armado. O crime ocorreu por volta das 4h20, no km 91 da rodovia que liga Caraguatatuba a
Ubatuba. Gonzales e um amigo
chegaram a Massaguaçu com o
som do carro em alto volume.
Em depoimento à polícia, a
dona do quiosque Iemanjá,
Shananda Rosa Raffi, disse que
pediu ao rapaz que abaixasse o
volume da música. Gonzales,
segundo ela, negou-se a atender ao pedido, fazendo brincadeiras, e chegou a agredi-la.
O marido de Raffi, Alexandre
Casemiro da Rocha, se aproximou e começou a discutir com
o turista. Depois, Rocha lançou
spray de pimenta contra o rapaz. Ainda segundo o depoimento de Raffi, Gonzales deixou o local, mas, pouco depois,
voltou armado. Segundo a polícia, há testemunhas que dizem
não ter visto a arma com ele.
Rocha e Gonzales começaram a brigar, e a arma disparou.
Atingido na cabeça, o turista foi
levado ao hospital, mas chegou
morto. Na delegacia, a informação era a de que Rocha fugiu
com o carro da vítima, achado
na praia da Mococa. Ontem, ele
continuava foragido.
"Tudo isso foi provocado por
gente que não é criminosa, mas
que acaba perdendo a cabeça
devido ao excesso de bebida.
Mais gente se envolveu nessa
briga. Provavelmente, muitos
deles estavam alcoolizados",
disse o delegado José Francisco
Rodrigues Filho, da Delegacia
Seccional de São Sebastião, responsável pelo litoral norte.
Texto Anterior: Site errado: Museus fecham no feriado, e visitantes reclamam Próximo Texto: Paraná: Incêndio destrói prédio de universidade em Curitiba Índice
|