São Paulo, quarta-feira, 06 de fevereiro de 2008

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Turista é morto em briga para baixar o som

Empresário foi baleado na cabeça durante bate-boca com dono de quiosque em Caraguatatuba, no litoral norte de SP

Segundo Polícia Civil, foi o 1º homicídio na região neste Carnaval; para delegado, pessoas perdem a cabeça devido ao excesso de bebida

FÁBIO AMATO
DA AGÊNCIA FOLHA

Um turista morador de São Paulo morreu na madrugada de ontem após ser baleado em uma briga na praia de Massaguaçu, em Caraguatatuba (173 km de São Paulo), no litoral norte do Estado. Foi o primeiro homicídio registrado naquela região neste Carnaval, segundo a Polícia Civil. O município registrou a maior taxa de homicídios por 100 mil habitantes do Estado, 70,4, no "Mapa da Violência" divulgado pelo governo federal na semana passada.
Dono de uma empresa de entregas de encomendas por moto, Rafael Gonzales, 25, morador do Jardim da Saúde (zona sul da capital), foi atingido na cabeça. O tiro foi disparado quando ele brigava com o dono de um quiosque da praia.
Segundo a polícia, uma testemunha disse que a arma era da vítima. Outras, porém, disseram não terem visto o rapaz armado. O crime ocorreu por volta das 4h20, no km 91 da rodovia que liga Caraguatatuba a Ubatuba. Gonzales e um amigo chegaram a Massaguaçu com o som do carro em alto volume.
Em depoimento à polícia, a dona do quiosque Iemanjá, Shananda Rosa Raffi, disse que pediu ao rapaz que abaixasse o volume da música. Gonzales, segundo ela, negou-se a atender ao pedido, fazendo brincadeiras, e chegou a agredi-la.
O marido de Raffi, Alexandre Casemiro da Rocha, se aproximou e começou a discutir com o turista. Depois, Rocha lançou spray de pimenta contra o rapaz. Ainda segundo o depoimento de Raffi, Gonzales deixou o local, mas, pouco depois, voltou armado. Segundo a polícia, há testemunhas que dizem não ter visto a arma com ele.
Rocha e Gonzales começaram a brigar, e a arma disparou. Atingido na cabeça, o turista foi levado ao hospital, mas chegou morto. Na delegacia, a informação era a de que Rocha fugiu com o carro da vítima, achado na praia da Mococa. Ontem, ele continuava foragido.
"Tudo isso foi provocado por gente que não é criminosa, mas que acaba perdendo a cabeça devido ao excesso de bebida. Mais gente se envolveu nessa briga. Provavelmente, muitos deles estavam alcoolizados", disse o delegado José Francisco Rodrigues Filho, da Delegacia Seccional de São Sebastião, responsável pelo litoral norte.


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