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Na zona oeste, árvore tomba e impede advogada de sair de casa
DA REPORTAGEM LOCAL
"Quero que a prefeitura se
mexa e venha aqui com uma
motosserra para eu poder abrir
o meu portão", diz a advogada
Ione Katopodis, moradora da
rua Pombal, no Sumarezinho
(zona oeste), que até o fechamento desta edição estava sem
poder sair de casa -desde às
15h30 de anteontem.
A árvore que ela via quando
abria a janela do segundo andar
está agora estendida na rua, impedindo a abertura da garagem.
A região foi uma das mais afetadas por quedas de árvores na
cidade. Na rua Miranda de Azevedo, o telhado do consultório
da dentista Angelina Migliore
Rodrigues foi esmagado por
uma árvore -repleta de cupins- que tombou.
"Estava na cara que ela ia
cair, mas não achei que fosse
em cima do consultório", disse
Angelina, que já pagou à vista o
IPTU deste ano e calcula que o
reparo sairá por R$ 20 mil.
Desde o começo de 2009, a
dentista e os vizinhos já fizeram oito reclamações à prefeitura, nenhuma foi atendida.
Na Vila Madalena, Renato
Palmeiras, 51, administrador
de uma loja, conta que desde
novembro pedia a poda de uma
árvore na rua Hermes Fontes,
que caiu na chuva de anteontem, arrancando parte do toldo
da loja e atingindo um carro.
Até a noite de ontem, era impossível atravessar, mesmo a
pé, o trecho da rua que faz esquina com a Mourato Coelho.
O manobrista Reinaldo Moura, 32, estava em sua cadeira, na
rua Cayowaá, Perdizes, na tarde de anteontem, quando viu a
árvore à sua frente cair. Mais de
24 horas depois, sentado no
mesmo lugar, ele relatava que
ninguém da prefeitura havia
passado por ali.
A reportagem viu outras árvores caídas nas avenidas Alfonso Bovero e Doutor Arnaldo.
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