São Paulo, sábado, 06 de fevereiro de 2010

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Na zona oeste, árvore tomba e impede advogada de sair de casa

DA REPORTAGEM LOCAL

"Quero que a prefeitura se mexa e venha aqui com uma motosserra para eu poder abrir o meu portão", diz a advogada Ione Katopodis, moradora da rua Pombal, no Sumarezinho (zona oeste), que até o fechamento desta edição estava sem poder sair de casa -desde às 15h30 de anteontem.
A árvore que ela via quando abria a janela do segundo andar está agora estendida na rua, impedindo a abertura da garagem.
A região foi uma das mais afetadas por quedas de árvores na cidade. Na rua Miranda de Azevedo, o telhado do consultório da dentista Angelina Migliore Rodrigues foi esmagado por uma árvore -repleta de cupins- que tombou.
"Estava na cara que ela ia cair, mas não achei que fosse em cima do consultório", disse Angelina, que já pagou à vista o IPTU deste ano e calcula que o reparo sairá por R$ 20 mil.
Desde o começo de 2009, a dentista e os vizinhos já fizeram oito reclamações à prefeitura, nenhuma foi atendida.
Na Vila Madalena, Renato Palmeiras, 51, administrador de uma loja, conta que desde novembro pedia a poda de uma árvore na rua Hermes Fontes, que caiu na chuva de anteontem, arrancando parte do toldo da loja e atingindo um carro. Até a noite de ontem, era impossível atravessar, mesmo a pé, o trecho da rua que faz esquina com a Mourato Coelho.
O manobrista Reinaldo Moura, 32, estava em sua cadeira, na rua Cayowaá, Perdizes, na tarde de anteontem, quando viu a árvore à sua frente cair. Mais de 24 horas depois, sentado no mesmo lugar, ele relatava que ninguém da prefeitura havia passado por ali.
A reportagem viu outras árvores caídas nas avenidas Alfonso Bovero e Doutor Arnaldo.


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