São Paulo, domingo, 06 de fevereiro de 2011

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Praias sem grife do NE unem luxo e calmaria

Viajante busca lugar tranquilo em PE e AL, por exemplo

Turista só reclama do lixo em alguns desses locais; copos plásticos e latinhas estão por toda a praia do Porto (PE)

FÁBIO GUIBU
ENVIADO ESPECIAL A PONTA DE PEDRAS (AL)

Sem o status das badaladas Porto de Galinhas (PE) e Maragogi (AL), as praias sem grife de Pernambuco e Alagoas atraem turistas que buscam a rusticidade e a sensação de isolamento, mas não abrem mão do conforto.
"Primitivo sim, mas não jurássico", afirma o engenheiro de Belo Horizonte Mário Ribeiro de Oliveira, 73, que passa o verão na praia de Lage, em Porto de Pedras (a 100 km de Maceió). O local fica em uma vila de pescadores. Ele se hospeda em pousada de luxo à beira-mar.
"Busco o contato com as coisas mais simples, mas sabendo que tenho tudo o que preciso por perto", afirmou. Na praia de Lage, cercada por coqueirais, não há barracas nem vendedores ambulantes na areia. As pousadas funcionam como ilhas de eficiência em meio à precária infraestrutura dos vilarejos.
Os visitantes, entretanto, dizem que as dificuldades fazem parte da aventura. "É preciso ter um pouco o espírito de desbravador", diz o servidor público de Porto Alegre Rodrigo Rodrigues, 29. Ele viaja pelo litoral de Alagoas com a namorada, Vania Knak, 27, e mais um casal.
Hospedados em flat em Maceió, o grupo passou pela praia de Barreira do Boqueirão, em Japaratinga (a 110 km de Maceió), com a ideia de "descobrir lugares". "As praias desertas são as que mais trazem lembranças."
Eles só reclamam do lixo que encontram em alguns desses locais. Copos plásticos e latinhas de refrigerante, por exemplo, estão por toda parte na praia do Porto, em Barreiros (120 km de Recife).
Frequentador do local, o secretário de Esportes do município, Geraldo Moreira, 42, atribui a sujeira à enchente de junho de 2010, quando o rio Una, que corta a cidade, destruiu casas e arrastou entulhos para o mar.
A dificuldade de acesso pode ser um entrave à limpeza. Os turistas enfrentam nove quilômetros de estrada de terra para chegar à praia. Com apenas um restaurante nos arredores, a maioria prefere levar comida e bebida.


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