São Paulo, quinta, 6 de fevereiro de 1997.

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Sambistas da Escócia vai tocar em Olinda

Ormuzd Alves/ Folha Imagem
Grupo de escoceses tocam gaita de fole no Carnaval de Olinda


FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Olinda

Uma escola de samba da Escócia vai tocar pela primeira vez no Brasil. O palco escolhido foi a cidade de Olinda (PE), terra do frevo e do maracatu.
Os 25 componentes do grupo desfilarão pelas ladeiras do sítio histórico vestidos com o kilt -espécie de saia, traje típico escocês. ``Vamos tocar samba, samba-reggae e maracatu'', disse o porta-voz do bloco, Peter Williams, irmão do ator Robin Williams, um dos membros do grupo.
A presença do ator em Olinda ainda não foi confirmada. Robin Williams, que toca agogô e repinique, só virá ao Brasil se conseguir uma folga em sua agenda.
Para compensar a eventual ausência da principal estrela da Escola de Samba de Edimburgo, os outros integrantes do bloco prometem ``arrasar'' no Carnaval.
Para isso, Lúcia, uma bailarina do Piauí, já foi agregada ao grupo. ``Vamos suprimir qualquer falha técnica com amplas doses de entusiasmo'', disse Peter.
Os escoceses -a maioria profissionais liberais- dizem não ter tabus sobre os ritmos que tocam e vão unir o surdo e o tamborim ao som da gaita de foles.
``Também vamos tocar maracatu com tamborim'', afirma Peter. O ``sotaque'' da música que vão levar aos foliões pernambucanos é um mistério que só vai se desfazer no sábado de Carnaval, quando se apresentam.
Para ajudar a pagar as despesas com a viagem, a Escola de Samba de Edimburgo trouxe roupas do bloco para vender.
Um kilt custa R$ 25.

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