São Paulo, terça-feira, 06 de março de 2001

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Ação é "política", afirma prefeita

DA REPORTAGEM LOCAL

Antes da reunião com os representantes do Sindicato dos Condutores, a prefeita Marta Suplicy (PT) havia partido para o ataque, classificando a manifestação de "política". Depois, minimizou suas declarações, afirmando que não importava mais se a paralisação seria ou não política.
Marta culpara a Força Sindical e seu presidente, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, pela possibilidade de paralisação.
"A Força Sindical não tem nenhuma responsabilidade, está fazendo uma atuação absolutamente política e provocativa." O Sindicato dos Condutores de São Paulo, presidido por Edivaldo Santiago, vai se filiar à Força este mês.
À noite, depois de obter de Santiago a garantia de que não haveria greve, ela mudou o tom do discurso. "Passamos do desentendimento para o entendimento, e não estou mais preocupada se a greve era política ou não", disse.
Apesar do apoio à Marta no segundo turno das eleições, Paulinho rompeu com a prefeita porque considerou que ela não deu atenção à entidade após ser eleita.
Marta afirmara antes da reunião, que "o presidente da Força se faz de bonzinho, mas não é nada disso porque faz oposição contra a população de São Paulo".
Paulinho devolveu as críticas. "Ela devia parar de arranjar culpado para tudo e trabalhar mais." Ele também criticou a viagem de Marta à França. "Ela está passeando mais do que o presidente."
Santiago disse que não havia motivação política para a paralisação e que saiu satisfeito com o acordo. (CHICO DE GOIS)


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