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TRANSPORTE
Manutenção de rodovias até o final de 2002 deve priorizar Bahia; ministério não definiu de onde virá verba
Recuperação de estrada federal terá R$ 2 bi
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O programa de recuperação de
rodovias federais vai receber, até
o final do próximo ano, aproximadamente R$ 2 bilhões.
O anúncio da verba foi feito ontem pelo ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. O governo, no
entanto, ainda não sabe de onde
sairá o montante de recursos que
será investido nas obras.
De acordo com nota oficial distribuída pela assessoria de imprensa do Ministério dos Transportes, uma parte dos recursos virá do Orçamento da própria pasta. O restante está sendo discutido
com a área econômica do governo. Segundo a Folha apurou, o
ministério tem cerca de R$ 400
milhões para serem gastos na recuperação de rodovias federais.
Números do Ministério dos
Transportes indicam que, durante a década de 70, os investimentos em transporte representavam
2,5% do PIB (Produto Interno
Bruto), para uma frota de 4 milhões de veículos. Atualmente, esses recursos não chegam a atingir
1% do PIB, para uma frota de 28
milhões de veículos.
Em 1997, o investimento do governo federal em estradas atingiu
R$ 18 milhões. Em 1998, o valor
subiu para R$ 36 milhões; em
1999, para R$ 160 milhões. No ano
passado, o valor estava estimado
em cerca de R$ 800 milhões.
Prioridade
O ministério ainda não definiu
quais as estradas federais que serão beneficiadas com o programa
de recuperação. Segundo a Folha
apurou, grande parte dessas rodovias está localizada na Bahia.
Ontem, o ministro informou
que será gasto R$ 1,3 bilhão para
restaurar trechos da BR-153 -a
rodovia Transbrasiliana. Por essa
estrada circulam os caminhões
que fazem o escoamento da safra
agrícola de Paraná, São Paulo e
Mato Grosso do Sul até o porto de
Paranaguá (PR).
De acordo com Eliseu Padilha, a
recuperação desta estrada deverá
estar concluída até o final do primeiro semestre deste ano.
Em janeiro, o ministro havia
afirmado que as estradas em pior
estado de conservação estão em
Minas Gerais, Ceará, Mato Grosso
e Goiás, além da Bahia.
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