DA REPORTAGEM LOCAL

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

José Edson da Silva, 27, principal suspeito do assassinato do prefeito Celso Daniel (PT), admitiu ontem, na Bahia, sua participação no sequestro, mas negou a autoria dos disparos e culpou um jovem identificado apenas como "Alex", de 16 anos.
Silva estava preso em Vitória da Conquista (BA) desde o dia 28 de fevereiro. Com documento falso, ele só foi identificado ontem depois da divulgação da sua foto pela polícia de São Paulo.
Ele afirmou ontem, durante entrevista na Secretaria da Segurança Pública da Bahia, que sua função era apenas a de dirigir o Santana, um dos carros usados no sequestro. "Quem matou foi Alex", disse. A polícia duvida dessa versão e acredita que ele inventou o nome de um comparsa.
Daniel foi sequestrado no dia 18 de janeiro, no bairro das Mercês, em São Paulo. O seu corpo foi encontrado dois dias depois. Os autores do crime, segundo a polícia, pertencem a uma quadrilha sediada na favela Pantanal (zona sul de São Paulo).
Silva foi preso com um carro roubado em Vitória da Conquista. Perseguido, o suspeito jogou uma granada contra os policiais, que não chegou a explodir. O veículo capotou na perseguição e outro homem que estava com Silva conseguiu fugir.
A polícia suspeita de que esse homem seja Elcyd de Oliveira Brito, 22, o Jonh, também suspeito de ter participado do sequestro do prefeito de Santo André.
Com Silva, a polícia apreendeu um submetralhadora 9 milímetros e uma pistola Taurus, de propriedade da Polícia Civil paulista. Ele tinha os documentos em nome de José Aílton dos Santos, o que dificultou a sua identificação.
A polícia ainda procura por Ivan Rodrigues dos Santos, suposto líder do grupo. Silva disse que Santos passou o Carnaval em uma favela em Salvador.
Segundo a polícia, Silva deveria chegar a São Paulo por volta das 23h de ontem.



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