São Paulo, quarta-feira, 06 de março de 2002

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RIO

Alvo foi unidade da favela Parque União, na zona norte

Traficantes voltam a atacar posto da polícia com tiros e granada

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

Os traficantes voltaram a desafiar a polícia do Rio na madrugada de ontem. Um grupo de oito homens que estavam em dois carros dispararam cerca de 50 tiros e atiraram uma granada no PPC (Posto de Policiamento Comunitário) da favela Parque União, no complexo de favelas da Maré (zona norte do Rio). Na hora do ataque, sete PMs estavam no local, mas nenhum se feriu.
O chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, disse que Elias da Silva Pereira, o Elias Maluco, chefe do tráfico de drogas no complexo do Alemão (zona norte) e uma das lideranças da facção criminosa CV (Comando Vermelho), foi o responsável pela ação.
Segundo Lins, apesar de o comércio de drogas no Parque União ser controlado pelo CV, a facção atacou o posto para colocar a culpa nos grupos rivais TC (Terceiro Comando) e ADA (Amigo dos Amigos).
De acordo com o delegado, a captura de Elias Maluco é prioridade na polícia, assim como a dos traficantes Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, e Paulo César dos Santos, o Linho.
No ataque, que ocorreu por volta da 1h30, as janelas do posto foram atingidas por estilhaços da granada. Uma Kombi estacionada no local foi destruída.
O 22º BPM (Batalhão de Polícia Militar) ocupou as favelas do complexo da Maré com cerca de 150 policiais.
Em três dias, esse foi o segundo ataque de traficantes a unidades policiais do Rio.



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