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São Paulo, quinta-feira, 06 de março de 2003

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PANORÂMICA

VIOLÊNCIA

Delegacia não pede exame de investigador
Apesar de ter causado um acidente com duas mortes na segunda-feira de Carnaval, usando carro da polícia, e de ter fugido logo depois, o investigador Marcius Max Morel, do DHPP (setor de homicídios) de São Paulo, não foi submetido a exame de dosagem alcoólica e toxicológica.
O exame, que contribuiria para a caracterização do crime (com intenção ou não), não foi solicitado pelo 89º DP (Portal do Morumbi), onde Morel se apresentou, segundo o corregedor-geral da Polícia Civil, Rui Estanislau Silveira Mello. Ele disse que essa decisão será analisada pela Corregedoria, mas adiantou que uma resolução estabelece que os testes só devem ser pedidos se houver sinais aparentes de embriaguez ou uso de entorpecentes.
Morel foi autuado por duplo homicídio culposo (sem intenção), lesão corporal e omissão de socorro e liberado após pagar fiança de R$ 650. Ele bateu na traseira de um Chevette, que pegou fogo. Se fosse autuado por homicídio doloso (com intenção), ficaria preso e sujeito a pena maior.
"Os exames existem para esclarecer esses casos. O corporativismo pode ter contado aí", afirmou o criminalista Fernando Castelo Branco, conselheiro da OAB/SP e professor de processo penal na PUC/SP. Segundo ele, o exame pode comprovar o "dolo eventual" -o motorista sabe do risco e, mesmo assim, dirige bêbado.
Morel está em estágio probatório e completa dois anos de polícia no domingo. Segundo Mello, ele será afastado e entregará arma e distintivo.
O casal Joel Steluto, 57, e a mulher dele, Ivanilde, 63, foram enterrados ontem. Jardel Steluto, 31, filho de Joel, e Sônia Regina Bosco, 36, continuam hospitalizados.
(DA REPORTAGEM LOCAL)


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