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Câmera flagra funcionário ao furtar bagagem em Cumbica
Circuito interno de TV filmou homem violando mochila e pegando carregador
Um segundo funcionário, que aparece na cena observando o crime, foi acusado pela polícia de ser cúmplice do colega
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Dois funcionários que trabalham no aeroporto de Cumbica
(Guarulhos, na Grande São
Paulo) foram presos anteontem após um deles ter sido flagrado por câmeras do circuito
interno de TV do local violando
a bagagem de um passageiro e
furtando um carregador de telefone celular.
O outro empregado foi acusado pela Polícia Civil de agir
como cúmplice.
Às 13h09 de anteontem, os
dois empregados da empresa
Sata foram filmados por câmeras do circuito interno de vigilância e monitoramento da Infraero (Empresa Brasileira de
Infra-Estrutura Aeroportuária) agindo de maneira suspeita
no espaço restrito a funcionários do setor de esteira de bagagem do embarque internacional das companhias aéreas Lan
Chile e TAP.
No setor, o trabalho dos funcionários é o de carregamento e
descarregamento de bagagem.
Nas imagens, o agente de operações Célio da Silva Geraldo,
32, aparece abrindo uma mochila que passava na esteira.
Depois, retira um carregador
de aparelho de telefone celular
da mala e o coloca no bolso de
sua calça.
Na mesma gravação, aparece
o auxiliar de cargas Jorge Luiz
da Silva, 37, que conversa com
Geraldo e observa o furto.
As cenas chamaram a atenção de um funcionário da coordenação de prevenção e emergência da Infraero que operava
a câmera do quinto andar do
prédio do aeroporto. Ele acionou um representante da Sata e
depois a Polícia Civil.
Os dois empregados foram
abordados e revistados por policiais. Com Geraldo, foi encontrado o carregador que apareceu nas imagens. E de posse de
Silva estava um telefone celular. Os armários de ambos também foram vistoriados, mas nada mais foi encontrado.
Em depoimento à polícia,
Geraldo confessou o crime e
chorou. Silva, porém, negou a
acusação. Alegou que o celular
era dele e que pagou R$ 360 pelo aparelho, mas, como não
apresentou nota fiscal do produto, o telefone foi apreendido
pela polícia para averiguação.
O passageiro que teve a mochila aberta não foi localizado
pela polícia.
O delegado José Carlos de
Melo afirmou que, independentemente de ter furtado ou
não o celular, Silva deu "cobertura" ao colega. "Ele, no mínimo, foi conivente ao ver o outro
rapaz furtar e não fazer nada",
disse Melo.
O auxiliar nega. Em seu depoimento, Silva disse ter repreendido o colega por furtar o
objeto.
Ambos os acusados são casados. Geraldo estava na empresa
havia oito meses; Silva, havia
sete. Eles ganhavam em torno
de R$ 560 de salário mensal.
Procurada pela Folha, a Sata
(Serviços Auxiliares de Transportes Aéreos S/A) informou
que irá demitir os dois funcionários da empresa. A Sata é
uma empresa terceirizada contratada por companhias aéreas
para prestar auxílio ao transporte de bagagens, limpeza de
aviões e serviços operacionais
internos.
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