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SIMÃO LAGINSKI (1936-2010)
Frei Simão dedicou-se a missões na África
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
O filho de agricultores Simão Laginski, quando pequeno, pedia aos pais que
orassem antes do trabalho e
das refeições. Nos dias de pagamento dos funcionários da
família, sugeria que lhes dessem comida, pois poderiam
ter filhos com fome em casa.
A vocação para o serviço
que exerceria na vida adulta
começou a aflorar ali. Aos 15,
o garoto nascido em Piraí do
Sul (PR) entrou para o seminário. Anos depois, em 1965,
Simão tornou-se padre.
Em Concórdia (SC) -onde
se responsabilizou pela
construção de uma igreja- e
em Rio Negro (PR), foi pároco do fim dos anos 60 ao início dos 80. Em 1983, veio a
primeira de muitas viagens
que faria para a África -até
1992, ele trabalhou no Projeto Missionário da Ordem
Franciscana, em Uganda.
Depois, foi para Angola.
Nas missões, além de formar novos líderes religiosos,
frei Simão ensinava aos moradores locais noções de higiene e de agricultura.
Era inquieto e despojado
de qualquer vaidade. A quem
questionasse como ele estava, respondia: "Estou muito
bem, mais do que mereço."
No ano passado, voltou a
Angola, onde acabou operado após descobrir um tumor
no intestino. Retornou ao
Brasil para se tratar, mas, em
8 de fevereiro, aos 73, não resistiu a complicações de saúde. Foi enterrado em Ponta
Grossa (PR), junto à família.
A missa de 30º dia será na
segunda, às 19h, no convento
de São Francisco, no largo
São Francisco, em São Paulo.
coluna.obituario@uol.com.br
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