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Terminal na região é planejado desde 1978
Objetivo era extinguir rodoviárias centrais
DE SÃO PAULO
A ideia de construir uma
rodoviária na zona sudoeste
da cidade, onde fica a Vila
Sônia, foi lançada em 1978,
quando São Paulo elaborou o
seu primeiro Piterp (Plano
Integrado de Terminais Rodoviários de Passageiros).
As metas principais eram
descentralizar os terminais e
acabar com as rodoviárias
centrais da praça Julio Prestes e da Baixada do Glicério.
O plano propunha cinco
rodoviárias e atrelava todas à
rede de metrô. "Esse é um
bom princípio que São Paulo
adota até hoje", diz Marcos
Bicalho, superintendente da
ANTP (Associação Nacional
de Transportes Públicos).
A primeira rodoviária nova foi a do Jabaquara, em
1977. Depois, vieram Tietê
(1982) e Barra Funda (1989).
De responsabilidade do
Metrô, foram entregues por
meio de concessão em 1989 à
Socicam, empresa que gerencia 41 rodoviárias no país.
Dos cinco terminais propostos pelo Piterp, dois ficaram no papel: os das regiões
leste e sudoeste. As duas rodoviárias (Itaquera e Vila Sônia) integram a Agenda 2012,
o plano de metas do prefeito
Gilberto Kassab (DEM).
A prefeitura diz que vai investir R$ 13 milhões neste
ano nos projetos das rodoviárias da Vila Sônia e Itaquera
-no Orçamento, porém, colocou apenas R$ 5,5 milhões.
Ainda não é possível saber o
custo de construção, nem a
estimativa de usuários/dia.
Para Márcia Vairoletti, da
Associação de Segurança e
Cidadania do Morumbi, a região da Vila Sônia não precisa da rodoviária, ainda mais
se a linha 4-amarela do metrô um dia chegar a Taboão
da Serra -essa é uma expectativa de muito longo prazo
do governo de São Paulo.
"A região precisa do terminal de ônibus urbano e que
concluam a linha 4. Não há
justificativa para uma rodoviária naquela região", diz.
PÚBLICO
Embora o total de passageiros de ônibus tenha diminuído nos últimos anos na cidade, o movimento nos terminais se mantém estável
por conta, principalmente,
da conexão com outros
meios de transporte, como
ônibus urbano e metrô.
Juntos, Tietê, Barra Funda
e Jabaquara atraem por dia,
em média, 139 mil pessoas
-o mais movimentado é o
Tietê, com 90 mil visitantes.
Segundo a Socicam, outro
fator de atração é a rede de
serviços. O Tietê tem caixas
eletrônicos, restaurantes, lotérica, farmácia e LAN house,
além de internet sem fio e tomadas para carregar celular.
De acordo com a Socicam,
1/3 das pessoas que passam
pelo Tietê por dia não é para
pegar ônibus, mas para usar
os serviços do terminal.
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