São Paulo, domingo, 06 de março de 2011

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Terminal na região é planejado desde 1978

Objetivo era extinguir rodoviárias centrais

DE SÃO PAULO

A ideia de construir uma rodoviária na zona sudoeste da cidade, onde fica a Vila Sônia, foi lançada em 1978, quando São Paulo elaborou o seu primeiro Piterp (Plano Integrado de Terminais Rodoviários de Passageiros).
As metas principais eram descentralizar os terminais e acabar com as rodoviárias centrais da praça Julio Prestes e da Baixada do Glicério.
O plano propunha cinco rodoviárias e atrelava todas à rede de metrô. "Esse é um bom princípio que São Paulo adota até hoje", diz Marcos Bicalho, superintendente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
A primeira rodoviária nova foi a do Jabaquara, em 1977. Depois, vieram Tietê (1982) e Barra Funda (1989).
De responsabilidade do Metrô, foram entregues por meio de concessão em 1989 à Socicam, empresa que gerencia 41 rodoviárias no país.
Dos cinco terminais propostos pelo Piterp, dois ficaram no papel: os das regiões leste e sudoeste. As duas rodoviárias (Itaquera e Vila Sônia) integram a Agenda 2012, o plano de metas do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
A prefeitura diz que vai investir R$ 13 milhões neste ano nos projetos das rodoviárias da Vila Sônia e Itaquera -no Orçamento, porém, colocou apenas R$ 5,5 milhões. Ainda não é possível saber o custo de construção, nem a estimativa de usuários/dia.
Para Márcia Vairoletti, da Associação de Segurança e Cidadania do Morumbi, a região da Vila Sônia não precisa da rodoviária, ainda mais se a linha 4-amarela do metrô um dia chegar a Taboão da Serra -essa é uma expectativa de muito longo prazo do governo de São Paulo.
"A região precisa do terminal de ônibus urbano e que concluam a linha 4. Não há justificativa para uma rodoviária naquela região", diz.

PÚBLICO
Embora o total de passageiros de ônibus tenha diminuído nos últimos anos na cidade, o movimento nos terminais se mantém estável por conta, principalmente, da conexão com outros meios de transporte, como ônibus urbano e metrô.
Juntos, Tietê, Barra Funda e Jabaquara atraem por dia, em média, 139 mil pessoas -o mais movimentado é o Tietê, com 90 mil visitantes.
Segundo a Socicam, outro fator de atração é a rede de serviços. O Tietê tem caixas eletrônicos, restaurantes, lotérica, farmácia e LAN house, além de internet sem fio e tomadas para carregar celular.
De acordo com a Socicam, 1/3 das pessoas que passam pelo Tietê por dia não é para pegar ônibus, mas para usar os serviços do terminal.


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