São Paulo, sexta, 6 de março de 1998

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"Cassável" votará contra dono da Sersan

CRISTIANE FERNANDES
da Sucursal de Brasília

O deputado Osmir Lima (PFL-AC), que pode ser cassado sob acusação de ter vendido voto pró-emenda da reeleição, diz que votará a favor da cassação do mandato do colega Sérgio Naya (sem partido-MG).
Para Lima, as evidências contra Naya são muito fortes e não há semelhança com seu processo. "No meu caso, não há nenhuma evidência. Fomos apenas citados numa conversa irresponsável", disse ele, referindo-se às gravações divulgadas pela Folha, que revelam a compra de votos de deputados acreanos por R$ 200 mil.
No caso do seu processo, Lima não tem queixa em relação à condução do processo. Segundo ele, a Câmara lhe deu amplo direito. Absolvido pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), ele aguarda julgamento do plenário. O caso está parado desde outubro de 97.
Chicão Brígido
Chicão Brígido (PMDB-AC), absolvido pela CCJ em dois processos de cassação de mandato em 97, preferiu não se manifestar publicamente sobre a cassação de Naya.
Brígido também foi citado no caso da venda de votos para aprovação da emenda da reeleição. No outro processo, responde à acusação de ter alugado seu mandato à suplente Adelaide Néri.
Na CCJ, Adelaide foi condenada por pagar o "aluguel", e Brígido, absolvido, apesar de admitir a irregularidade.
Além Lima, Brígido e Adelaide, há ainda Zila Bezerra (PFL-AC), também citada no caso da venda de votos, Zé Gomes da Rocha (PDS-GO), acusado de pagar os salários de jogadores de futebol com verba do gabinete, e Pedrinho Abrão (PTB-GO), que responde ao processo mais antigo.



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