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Polícia diz que tomou todas as providências
da Reportagem Local
A diretoria do Depatri (Departamento de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio) informou que todas as providências no
caso da morte do preso Otávio dos
Santos Filho, 28, foram tomadas
no inquérito que apura o fato.
De acordo com a direção do órgão, as corregedorias da Polícia
Civil e do Departamento Inquéritos Policiais do Tribunal de Justiça
foram informadas sobre o caso e
todos os exames periciais foram
requisitados.
No dia em que o detento teria sido espancado, os policiais de
plantão do Depatri registraram
um boletim de ocorrência afirmando que Santos Filho se feriu
batendo a cabeça na torneira do
corredor das celas.
"Quando ele morreu, nos disseram que ele havia tomado Gardenal com bebida", disse uma familiar do preso, que não quis ser
identificada. Exames do Instituto
Médico Legal constataram que o
detento não havia consumido nenhuma bebida alcoólica ou tomado drogas antes de morrer.
De acordo com a direção do Depatri, no registro da morte de Santos Filho os policiais fizeram constar a existência das lesões no rosto
e nos braços, o que atestaria que
ninguém quis esconder as circunstância do caso.
Além disso, as idas do preso ao
pronto-socorro de Santana foram
registradas em relatórios feitos pelas equipes de plantão.
Prisão
Santos Filho estava condenado a
cinco anos e quatro meses de prisão por participação num roubo
de uma Kombi carregada de cigarros. O crime ocorreu em 1991, e ele
foi condenado à revelia em 1992.
No ano passado, ele foi detido
por policiais do Depatri em uma
blitz. Eles descobriram que Santos
Filho estava condenado e o colocaram no presídio.
Santos Filho trabalharia vendendo pó de café na zona oeste de São
Paulo. Ele era casado e tinha dois
filhos. Antes de enterrá-lo, a família filmou e fotografou seu corpo
para mostrar as marcas das lesões.
Além desse caso, a Comissão de
Direitos Humanos da Assembléia
Legislativa também está apurando
o espancamento de 107 presos
após uma rebelião ocorrida em fevereiro no presídio do Depatri.
(MG)
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