São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004

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TRÂNSITO

Segundo a CET, ontem foi um dia de ajustes e motoristas de ônibus ainda não conheciam os novos itinerários

Piora lentidão na região da Cidade Jardim

DA REPORTAGEM LOCAL
DO "AGORA"

A ampliação das interdições na avenida Cidade Jardim (zona oeste de SP) agravou os congestionamentos na região e afetou não somente os usuários de automóvel como os do transporte coletivo.
A situação, na avaliação da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), piorou principalmente na rua Iguatemi, em razão da quantidade de ônibus deslocados para a via, no sentido Itaim Bibi-Pinheiros. "Muitos motoristas ainda não conheciam os novos itinerários. Foi um dia de ajustes", disse Eduardo Macabelli, superintendente de operações da CET.
Os novos bloqueios, que foram implantados anteontem, atingiram as avenidas Cidade Jardim/ Nove de Julho entre a rua Amauri e a avenida Brigadeiro Faria Lima, onde haverá a construção de uma passagem subterrânea. A previsão da prefeitura é que as interdições sejam aliviadas em agosto e que a obra seja entregue até novembro deste ano.
A CET chegou a anunciar na semana passada que a ligação da marginal Pinheiros com a Cidade Jardim, no sentido bairro-centro, seria liberada apenas para os ônibus, mas ontem os automóveis também podiam usar esse acesso.
Macabelli afirmou que essa alteração foi motivada pela fase de adaptação e que a intenção, a partir de hoje, é tentar deslocar esses carros em direção à avenida Brigadeiro Haroldo Veloso -mas eles não devem ser proibidos de acessar a Cidade Jardim.
A idéia da CET de canalizar os automóveis para os desvios e liberar a Cidade Jardim, sentido bairro-centro, preferencialmente para os coletivos também não deu certo: os ônibus, lá, eram minoria.
A rua Iguatemi chegou a ter um acidente de moto. Em São Paulo inteira, os engarrafamentos atingiram picos de 84 km pela manhã e de 111 km no período da tarde -acima das médias deste ano de 65 km e 100 km, respectivamente, mas distante das marcas recordes.

Reclamações
"Os agentes da prefeitura davam informações desencontradas", reclamou Fernando Biral, 32, consultor de empresas que trabalha num edifício do bairro.
A rua onde Biral estaciona seu carro estava interditada, obrigando-o a fazer um retorno para ingressar numa via paralela. "Gastei pelo menos 15 minutos a mais."
A Volkswagen Haus, que é sede de eventos para clientes da empresa, tinha a fachada voltada para as avenidas Europa, Cidade Jardim e Faria Lima, mas teve de mudá-la para a rua Gumercindo Saraiva. A alteração consumiu R$ 150 mil. O estabelecimento prevê queda de 80% do movimento.


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