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2 crianças são abandonadas no Rio em um dia
DA SUCURSAL DO RIO
Uma garota com quatro dias
de vida foi encontrada por um
pedreiro, no sábado, em um
matagal de Jacarepaguá (zona
oeste do Rio). A criança estava
ferida, com marcas de picadas
de formiga. Levada ao hospital,
ela está em observação.
No mesmo dia, um menino
de três meses foi deixado pela
mãe nos braços de um estranho no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste. Foi encaminhado para o Conselho Tutelar.
Desde que a promotora de
vendas Simone Cassiano da Silva, 28, atirou sua filha de dois
meses na lagoa da Pampulha,
em Belo Horizonte, pelo menos
nove crianças foram achadas
em locais públicos do Rio de Janeiro -um por semana-, em
ruas, igrejas, um matagal, um
supermercado e até dentro de
rio. Um morreu atropelado, e
dois foram achados mortos.
No ano passado, só vieram a
público dois casos. A 1ª Vara de
Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça, que cuida das
crianças abandonadas, não informou o número oficial.
A Justiça não falou sobre o
andamento dos processos. A
polícia também não esclareceu
os fatos. Os bebês ficam em
abrigos à espera de adoção.
Entre esses casos, o mais emblemático é o de Simone Pereira da Silva, 32. Após dar à luz
uma menina, em fevereiro, ela
a deixou no estacionamento do
hospital São Lourenço, em
Bangu (zona oeste do Rio).
Funcionários recolheram a
criança, enrolada numa manta.
Simone foi detida quando voltou ao local para buscar a filha
-diz estar arrependida.
Disse que tinha três outros filhos e que passava dificuldades
porque estava desempregada,
apesar de ser beneficiária do
programa Cheque-Cidadão do
governo estadual. O bebê hoje
está sob cuidados de uma tia.
Um dos casos terminou em
tragédia. No dia 8 de fevereiro,
um bebê com o cordão umbilical foi deixado em um saco
plástico diante de uma escola
em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Foi atropelado e
morreu.
(MARIO HUGO MONKEN)
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