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Advogada diz que pai pode deixar avós verem Sean
David Goldman condiciona visita à presença de psicólogo
DE NOVA YORK
DA SUCURSAL DO RIO
A advogada do norte-americano David Goldman, pai do
menino Sean, 9, diz que ele está
disposto a deixar que o filho se
encontre com os avós brasileiros, desde que acompanhado
de um psicólogo.
"Pedimos a Silvana [Bianchi,
a avó materna] e ao marido dela, em janeiro, que houvesse um
processo para lidar com o avanço das relações familiares, que
são complexas, porque David
está conhecendo Sean. E esse
não foi um processo no qual
eles [os avós] estivessem dispostos a se envolver", afirmou
ontem a advogada de David
Goldman, Patricia Apy, à Associated Press.
Silvana Bianchi voltou ao
Brasil anteontem, após viagem
de dez dias aos EUA, onde pretendia visitar o neto. Ela se
queixa de estar sendo impedida, há mais de um mês, de falar
com Sean por telefone.
Os avós maternos do menino
Sean, que se mudou em dezembro para os EUA com o pai por
decisão da Justiça brasileira,
terão o seu pedido para ver o
neto avaliado pela Justiça norte-americana em um mês, no
dia 7 de maio.
Em Nova Jersey, Estado
americano onde Sean mora,
Silvana e seu marido se encontraram com David Goldman e
um psicólogo. Como a reunião
não resultou na visita imediata
ao neto, os avós entraram na
Justiça com um pedido para vê-lo em caráter emergencial.
Segundo a advogada de Goldman, a Justiça de Nova Jersey
decidiu que o pedido não poderia ser qualificado como emergencial, e a audiência foi marcada para maio.
Ela afirmou ainda que o garoto, que morava no Brasil desde
2004 -por decisão da mãe,
morta em 2008-, está se adaptando bem à vida com o pai e
tendo bom desempenho na escola, e que David Goldman, que
não tem dado entrevistas, também está tentando impedir que
os Bianchi falem sobre o assunto à mídia.
O Consulado do Brasil em
Nova York, que acompanhou o
processo movido por Goldman
pela guarda definitiva da criança, afirmou à Folha que não foi
procurado pelos avós maternos
na semana passada, durante a
visita deles aos EUA.
"Tivemos nossos direitos de
avós negados, e o Sean [Goldman] teve o direito de nos ver
negado", disse Silvana.
David Goldman, que enfrentou uma batalha judicial de cinco anos antes de conseguir a
guarda do filho, também se
queixava, durante o processo,
de ser impedido pela família
brasileira de ver Sean quando
viajava ao Brasil.
(CRISTINA FIBE e DENISE MENCHEN)
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