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Polícia do AM pede proibição do uso de acessório
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Civil do Amazonas
pediu ontem à Justiça a proibição do uso das chamadas "pulseiras do sexo" por crianças e
adolescentes em Manaus.
Também foi pedido o veto à
venda dos acessórios para menores de 18 anos.
O pedido foi feito após duas
pessoas -entre elas uma adolescente de 14 anos- terem sido encontradas mortas na cidade ao lado de pulseiras arrebentadas. Os crimes aconteceram
entre a noite de sexta e a madrugada de sábado.
A polícia vai começar amanhã a ouvir testemunhas dos
crimes e familiares das duas vítimas. O delegado Rosemiro Siqueira, da Delegacia de Homicídios, previu que a única chance de a relação entre os assassinatos e o uso das pulseiras ficar
clara é se houver confissão.
De acordo com delegada Linda Gláucia, da Delegacia Especializada na Proteção à Criança
e ao Adolescente do Amazonas,
o pedido de proibição dos enfeites já era planejado antes das
duas mortes.
Ela disse que a polícia investiga há cerca de um mês casos
de violência sexual contra adolescentes usuárias das pulseiras, mas até agora nenhum havia terminado em morte.
O Conselho Tutelar de Manaus informou que já recolheu
3.000 pulseiras de jovens da cidade. Elas são entregues voluntariamente nas escolas após palestras que explicam a conotação sexual do adereço. "Muitas
crianças não sabem o que estão
usando no braço e se tornam alvos", afirmou o conselheiro
João Furtado.
(RODRIGO VIZEU)
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