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ARQUITETURA
Foram encontradas paredes de ladrilhos belgas que estavam escondidas; conclusão das obras deve ser em setembro
Restauração de mercado revela "segredos"
DA REPORTAGEM LOCAL
No meio da reforma, uma surpresa: a descoberta de duas paredes cobertas por ladrilhos belgas
que estavam havia anos escondidas atrás de vestiários. Esse é um
dos segredos que estão sendo revelados pelas obras de restauração do Mercado Municipal Paulistano, que começaram em outubro. A previsão da prefeitura era
que o trabalho estivesse concluído
neste mês. O prazo, porém, foi
adiado para setembro deste ano.
Segundo Luís Barretto, chefe-de-gabinete da Secretaria Municipal do Abastecimento (Semab),
além de imprevistos como a descoberta das paredes ladrilhadas
-que demandou um novo trabalho de pesquisa e a encomenda de
ladrilhos idênticos aos originais-, o ritmo das obras diminuiu no fim do ano passado para
não prejudicar o comércio do local, que continua a funcionar.
A restauração faz parte do projeto Ação Centro, que prevê 130
iniciativas na região central de
São Paulo. O prédio foi projetado
por Ramos de Azevedo e tem entre os seus atrativos os vitrais do
artista Conrado Sorgenitch Filho.
Ao todo, o projeto irá demandar
cerca de US$ 168 milhões, dos
quais US$ 100 milhões do BID e o
restante, da prefeitura. A restauração do mercado está incluída na
contrapartida da prefeitura e deve
custar cerca de R$ 25 milhões na
obra. Desse total, R$ 9,5 milhões
já foram desembolsados.
A primeira fase, que envolve
uma construção subterrânea com
cerca de 1.500 m2, onde será instalada a área de serviços, está praticamente completa, segundo Barretto. A limpeza do teto e a troca
das telhas danificadas já foi finalizada. A segunda fase está em andamento e deve ser concluída no
início de julho. Essa fase inclui a
construção de um mezanino, de
cerca de 2.000 m2, no qual funcionará uma área gastronômica.
A terceira etapa inclui a transformação de duas das torres do
local em restaurante e a restauração do salão de leilões. Os trabalhos começaram há cerca de dois
meses e devem ser concluídos em
40 dias, com exceção de uma das
torres, que começou a ser reformada há pouco mais de um mês e
será entregue em setembro.
Na última fase, haverá a troca do
piso atual por outro, de vidro, e a
instalação de elevadores e escadas
rolantes até o mezanino. Tudo deve estar pronto até setembro.
Ainda faltam um acordo com a
Eletropaulo para que o local tenha
uma iluminação diferenciada e a
liberação de aproximadamente
R$ 3 milhões, frutos de um convênio assinado com a Petrobras em
março, para a restauração de outras duas torres. A previsão é que
a verba seja liberada em junho.
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