CAROLINA FARIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS

O Comitê-PCJ (Comitê das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) pedirá na renovação da outorga do sistema Cantareira -que vence em agosto- um aumento de vazão para a região de Campinas com a diminuição do volume de água para a região metropolitana de São Paulo.
A proposta é resultado de um estudo do grupo técnico Cantareira, formado por determinação do governador Geraldo Alckmin (PSDB), no início deste ano.
O grupo é formado por membros do comitê, da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), do Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica) e da ANA (Agência Nacional de Águas).
O estudo aponta que o volume atual liberado pela Sabesp, de cerca de 1.500 litros por segundo, é insuficiente e que a vazão deve subir para 4.000 litros por segundo. O volume cresceria gradativamente em dez anos até atingir 7.000 litros por segundo.
Já São Paulo, que hoje tem uma liberação média de água de 33 mil litros por segundo, veria sua vazão cair para até 31 mil litros por segundo. O volume liberado para a capital diminuiria em dez anos para compensar o volume destinado ao interior. A idéia seria manter a soma das vazões em até 35 mil litros por segundo.
Outra conclusão do estudo é a diminuição do período de outorga de 30 anos para dez anos.
Os reservatórios do sistema Cantareira são abastecidos pelos rios Jaguari, Cachoeira e Atibainha, que também formam os principais rios das bacias PCJ: o Atibaia e o Piracicaba.
A fixação de volume de água liberado pelo Cantareira para as bacias é o que o Comitê-PCJ chama de gestão compartilhada, ou seja, que a região deixe de depender das definições de vazões feitas pela Sabesp.
A Secretaria de Recursos Hídricos informou ontem que sempre houve a possibilidade de aumento de vazão para a região, desde que solicitado pelo Comitê-PCJ.


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