São Paulo, sexta-feira, 06 de maio de 2011

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TRECHOS

No domingo, 20 de junho [quatro dias após a viagem para o Brasil], Bruna ligou de novo. Pelo tom de sua voz vi que havia algo errado... "Você é um cara legal, David, e um pai maravilhoso para Sean. [...] Nosso caso de amor está acabado. Decidi ficar no Brasil. E Sean fica comigo." As palavras de Bruna ecoaram na minha cabeça. O quê?

[A voz no telefone] Não era Bruna. Pelo menos não a mesma Bruna com quem tinha um casamento feliz há quatro anos, com quem eu tinha uma criança linda e com quem eu havia feito amor dois dias antes de ela partir

Um dia, em julho, pouco depois de eu ter mais uma vez me recusado a atender seus pedidos, meu Nextel tocou. A única pessoa que tinha aquele número era Bruna. "Sabemos quem você é, sabemos onde você mora", uma voz masculina disse. "Prepare-se para morrer." [...] Alguns dias depois recebi outra ligação. [...] Procurei [a minha advogada] Patricia Apy e ela fez contato com o FBI. [...] Os agentes me disseram para sair de casa

Entre agosto de 2004 e janeiro de 2005 me permitiram pouco contato com Sean. [...] Em um de meus telefonemas eu o lembrava de como eu sempre o carregava nos ombros quando ele me surpreendeu: "Tem um outro cara que me carrega nos ombros agora". [...] Ouvi Bruna ao fundo mandando Sean ficar quieto

Pamela [amiga da namorada de David] estava traduzindo o conteúdo [da página de Bruna no Orkut] quando quase engasgou. "Wendy [namorada de David], Bruna está casada com esse homem [João Paulo Lins e Silva] e ele chama Sean de filho". [...] O susto de Pamela se transformou em medo quando descobriu o sobrenome de João Paulo: Lins e Silva. [...] Pamela contou que a família Lins e Silva era conhecida e temida em todo o país

[Em audiência no STJ acontece o primeiro encontro entre Goldman e Lins e Silva para discutir a guarda de Sean] "Ao longo da sessão, o outro sequestrador do meu filho sentou-se do outro lado da mesa. Ele não falava diretamente comigo.[...] Mas fez várias provocações. Uma das mais repugnantes, olhou para mim e disse: "só porque você é um doador de sêmen isso não faz de você um pai".


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