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Professores da USP decidem hoje se entram em greve
Funcionários já pararam; reivindicação é de reajuste de 7% e aumento de verba
Unicamp e Unesp também
ameaçam parar; categoria quer também que Estado amplie repasse de recursos do ICMS para a educação
DANIELA TÓFOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Os professores da USP decidem hoje se entrarão em greve
a partir de quinta-feira. Os funcionários já resolveram pela
paralisação. Eles reivindicam
reajuste salarial de 7% e aumento nos recursos destinados
à educação. Exigem também
que o investimento estadual no
ensino geral passe de 30% para
33% da receita de impostos e
aumente de 9,57% para 11,6%
do ICMS para as universidades.
O Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) está oferecendo um aumento de 0,75% sobre
os salários de maio e um reajuste de 1,79% sobre os de setembro. O aumento dos recursos da
educação não depende da vontade dos reitores, mas da decisão do governo estadual.
Servidores dos campi da USP
de Ribeirão e de Rio Claro já
iniciaram a paralisação. Em Ribeirão Preto, a greve não prejudicou os principais serviços
prestados à população -atendimentos na Faculdade de
Odontologia e na Unidade de
Saúde Sumarezinho. As aulas
também não foram prejudicadas. A reitora da universidade,
Suely Vilela, não se pronunciou
sobre o assunto ontem.
Assim como a USP, Unicamp
e Unesp vêm fazendo assembléias desde a semana passada
para decidir se aderem ou não à
paralisação. Ontem, os servidores da Unicamp votaram pela
greve na quinta-feira. Os professores, no entanto, somente
amanhã reúnem-se em assembléia para tomar um posicionamento acerca do tema.
Professores e servidores da
Unesp estão fazendo assembléias em suas cidades. Com 23
campi espalhados pelo Estado,
não existe um balanço total da
universidade. Um levantamento preliminar mostra que a
maioria ainda não tomou uma
decisão, mas, em Marília, por
exemplo, docentes e funcionários já decidiram por uma paralisação também na quinta.
É neste dia que ocorre mais
uma reunião do Cruesp com os
representantes dos sindicatos
para uma nova rodada de negociações. O vice-presidente da
Adusp (Associação de Docentes da USP), Francisco Miraglia, explica que tão importante
quanto o reajuste salarial é o
aumento da dotação orçamentária. "Não queremos apenas
aumento de salário. Melhorar a
verba da Educação é muito importante para todo o Estado e é
por isso que estamos lutando."
A última greve de professores da USP, em agosto do ano
passado, durou 22 dias e ocorreu por causa da reivindicação
de mais recursos para o ensino.
Colaborou a FOLHA RIBEIRÃO
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