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Mentor afirma que aplicou só o convencimento
DA REPORTAGEM LOCAL
O vereador José Mentor (PT), que deixa hoje o cargo de líder do governo na Câmara, diz que sua atuação em 19 meses envolveu uma única estratégia para conseguir a aprovação de projetos de interesse do Executivo: convencimento de vereadores. (JCS)
Folha - Sua assessoria de imprensa divulgou que sua produtividade
supera a de outros líderes. Se é assim, por que o sr. não fica no cargo?
José Mentor - Acho que há outros vereadores mais competentes
ainda para desempenhar o cargo.
Segundo: candidato-me a deputado federal e preciso dedicar meu
tempo também para a campanha.
Folha - Mas não dá para conciliar?
Mentor - Não dá porque a liderança absorve muito. Você precisa se dedicar, se empenhar muito
para ter bons resultados, pois os
nossos métodos são os de convencimento, de discutir com a base, tirar as informações, discutir
com a oposição.
Folha - E o Plano Diretor?
Mentor - O Plano Diretor foi
uma situação atípica.
Folha - O sr. disse que usou o método de convencer, mas a sua liderança foi marcada por informações
de vereadores quanto à oferta de
cargo para aprovar projetos.
Mentor - Há muitos interesses
favoráveis e contrários. O governo tem uma política de alianças
clara. Os vereadores de partidos
que apóiam o governo têm articulações e compartilhamento do governo. Isso é público. Não há problema algum. O que não existe
aqui é troca de cargos por voto.
Folha - Ocorre que parte desses
cargos foram preenchidos em momentos estratégicos.
Mentor- De forma alguma. A
política de alianças tem seu início
antes da posse.
Folha - Mas para determinados
projetos vocês tiveram dificuldades para conseguir maioria...
Mentor- Por quê? Porque aqui
não existe ordem unida. Acabei
de falar para você que é {o método
usado é o} convencimento.
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