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Paraguai procura 5 traficantes brasileiros
Eles são os criminosos mais visados pela polícia do país vizinho, acusados de enviar drogas para o Brasil, os EUA e a Europa
Dois deles são caçados pelo Departamento Anti-Drogas Americano; todos são tidos como megaempresários e têm pedido de extradição
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Autoridades paraguaias espalharam pelas rodovias do
país cartazes com fotos de cinco narcotraficantes brasileiros
que atuam na região da fronteira e são os mais procurados pela polícia do país vizinho -dois
deles são caçados pelo DEA
(Departamento Anti-Drogas
Americano).
Segundo a Justiça Federal do
Mato Grosso do Sul e a PF (Polícia Federal), todos enviam
drogas para o Brasil como também para os Estados Unidos e a
Europa e são megaempresários
no Paraguai. Todos têm pedido
de extradição para o Brasil.
Entre os procurados pelo
DEA está Jarvis Ximenes Pavão, 38. Ele foi condenado por
três anos por tráfico de drogas
em Santa Catarina e é processado pela Justiça sul-matogrossense, acusado de lavagem
de dinheiro.
Atualmente vive em um bunker na estância de "Quatro Filhos", na cidade de Yby Yaú,
que possuiria sofisticado sistema de segurança e homens fortemente armados. Com o dinheiro do narcotráfico, teria
montado também uma empresa de comercialização de cerveja, segundo a polícia.
Em entrevista ao diário paraguaio "ABC Color", ele, que
também tem nacionalidade paraguaia, disse que não deve
mais nada à Justiça. Sobre a
construção, disse que a propriedade é da sua família.
Outro brasileiro caçado pelo
DEA é Fahd Yamil Georges, de
65 anos, conhecido também como Jamil Fouad ou "Barão da
Fronteira", que atuaria na fronteira paraguaia há 35 ano e teve
ligações com o cartel de Medellín (Colômbia). Foi condenado
a 20 anos e três meses de prisão
por tráfico internacional de
drogas, lavagem de dinheiro e
evasão fiscal.
Além de tráfico de drogas, ele
foi apontado pela CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados
como um dos principais responsáveis pela entrada de produtos contrabandeados, via Paraguai, para o Brasil. Atuaria
em Pedro Juan Caballero.
O terceiro da lista é o gaúcho
Irineu Domingo Soligo, o Pingo, que possui condenações por
tráfico de drogas que somam
40 anos. Nas últimas duas semanas, agentes da Secretaria
Nacional Anti-Drogas vêm fazendo sucessivas operações em
Capitán Bado, onde tem uma
fazenda, para capturá-lo.
Seu filho foi preso no último
dia 10 com 120 kg de cocaína.
Em 2005, um avião usado no
transporte de drogas de sua
quadrilha foi abatido em Santana do Livramento (RS).
Luís Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, também faz parte
da relação dos mais procurados. Ele seria o responsável pela cocaína que foi encontrada
em buchos de boi no ano passado pela Polícia Federal, no Rio
de Janeiro. A droga seria enviada para a Europa.
Na operação, batizada de Caravelas, seu irmão foi preso. Ele
usava sete aviões para levar cocaína da Colômbia para o Paraguai. Seria proprietário de 14
fazendas no Paraguai e Mato
Grosso do Sul.
O quinto é Igor Fabrício Silveira Machado, que fugiu no
ano passado do presídio de Tacambu após subornar agentes
penitenciários e seria um dos
representantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) no
país vizinho. Além de traficante, pilotava também aviões que
transportavam drogas e também seria pistoleiro.
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