São Paulo, segunda-feira, 06 de agosto de 2007

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Parentes fazem fotos de prédio

DA REPORTAGEM LOCAL

Com a cabeça enrolada em um cachecol de lã, a dona-de-casa Maria de Lourdes Gonçalves, 75, despede-se do prédio. "Peguei o ônibus ali em frente 10 minutos antes do acidente. Quando cheguei em casa, liguei a TV e vi que poderia ter morrido", diz.
Quatro parentes de Arnaldo Batista Ramos, 38, já identificado e enterrado, também foram ao local para uma última olhada. Fizeram fotos. Mas partiram logo antes da implosão. "Para mim, o fim do prédio é indiferente. O problema são os prédios que continuam em volta, com risco de um novo acidente", diz Adam, 23, que vestia uma camiseta com a foto do irmão.
A atendente de internet Aline Lobo, 20, moradora da área interditada, também quis ver a implosão. Ela estava em casa na hora do acidente. "Foi um momento tenso, um barulhão. A casa inteira tremeu", diz.
Já o comissário de bordo Edson Nakahara, 48, também vizinho, deixou a região. "Estou indo para o shopping. Não quero ver nada."


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