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Balas perdidas matam mulher e garota no Rio
Casos foram em locais distintos; um homem se feriu
ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO
Balas perdidas mataram ontem duas pessoas na zona norte
do Rio. Liana Angeles Souza
Andrade, 19, foi atingida quando almoçava com o marido
Leonardo Antunes Mainomi,
23, no morro do Juramento,
em Vicente de Carvalho, quando uma bala perdida vinda de
uma troca de tiros entre traficantes atingiu seu crânio.
Mainomi foi baleado na mandíbula e no pescoço. Ele estava
internado em estado grave no
hospital Getúlio Vargas até a
conclusão desta edição.
Outro incidente envolveu a
Tatiana, 13, que brincava em
frente a um conjunto residencial onde moram policiais militares, quando foi atingida por
volta das 17h30 de sábado.
Segundo policiais do 16º Batalhão da Polícia Militar de Olaria, o disparo partiu da favela
Pedra do Sapo, no Complexo do
Alemão, que está ocupado pela
polícia desde o dia 1º de maio.
A PM informou que anteontem não houve nenhuma operação no local.
A menina foi internada no
hospital Getúlio Vargas e não
resistiu à segunda parada cardíaca e morreu por volta das
15h30. Não é a primeira vez que
o conjunto habitacional -que
já foi moradia exclusiva de policiais militares- é atingido por
disparos.
O último caso ocorreu em
novembro, quando supostos
traficantes passaram de carro e
dispararam contra os edifícios.
A ação teria sido feita por criminosos que atuavam na favela
Kelson's e foram expulsos por
uma milícia -grupo de policiais, ex-policiais e bombeiros
que cobram taxas de moradores em troca de segurança.
Por causa de episódios como
esses, moradores do bairro já
haviam levantado um muro para se proteger dos tiroteios.
Segundo o Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro, sete pessoas morreram no
primeiro trimestre deste ano
vítimas de balas perdidas. Duas
eram menores de 18 anos.
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