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POLÍCIA
Sargento Sérgio Bueno tem a prisão temporária decretada e está sendo cassado pela PF e pela Corregedoria da PM
Suposto contratante é expulso da PM
GONZALO NAVARRETE
da Reportagem Local
O 2º sargento da Polícia Militar
(PM) Sérgio Bueno, 38, foi expulso da corporação no dia 30 de julho depois de responder processo
administrativo. A informação foi
divulgada ontem pelo Centro de
Comunicação Social da PM.
Ele é apontado como um dos
contratantes da morte do delegado-corregedor da PF Alcioni Serafim de Santana, assassinado no dia
27 de maio, quando investigava o
envolvimento de policiais federais
em crime de extorsão.
Bueno está foragido desde quarta-feira passada. Segundo a Polícia
Federal, o ex-sargento pode ser o
principal elo para se chegar ao
mandante principal do assassinato. O Centro de Comunicação Social da Polícia Militar informou
que a Corregedoria da PM também está cassando Bueno depois
que a Justiça Federal decretou a
sua prisão temporária.
O policial foi preso em flagrante
por formação de quadrilha em 95 e
respondeu a um processo administrativo na PM, no qual foi pedida sua expulsão da corporação.
Segundo a PM, Bueno se apresentou na PF há cerca de 20 dias. O
Centro de Comunicação informou
que a corporação recebeu uma notificação da própria PF para que
ele se apresentasse para depor sobre a morte do delegado. A PF não
confirmou a informação.
Na semana passada, o ministro
da Justiça, Renan Calheiros, disse
que o principal suspeito do assassinato é o delegado Carlos Leonel
da Silva Cruz, compadre e colega
de Santana na Polícia Federal.
Para chegar até o principal mandante, a PF iniciou oficialmente
no domingo a busca do ex-sargento da PM Sérgio Bueno.
Ele teria sido apontado pelos assassinos do delegado como um
dos mandantes do crime. Bueno
trabalhava na PM havia 17 anos.
A PF diz acreditar que o assassinato do delegado-corregedor tenha sido esquematizado em uma
cadeia hierárquica para dificultar
as investigações.
De acordo com a polícia, o então
sargento fez contato com Jildenor
Alves de Oliveira para que ele contratasse Gildásio Teixeira Roma,
26, e Carlos Alberto da Silva Gomes, 39, o "Carlinhos", para realizar o crime.
Gildásio e Carlinhos teriam confessado que atiraram no delegado,
morto quando saía de sua casa, na
zona norte de São Paulo.
Para a PF, o ex-sargento da PM
teria sido contratado por um intermediário do principal mandante do crime, ainda não identificado. Cruz, o principal suspeito, admitiu que conhecia Bueno.
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