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Não há prova de furto, diz Ramos
da Reportagem Local
O promotor Pedro Manuel Ramos afirmou ontem que os elementos do inquérito policial só
permitiram acusar a Schering do
Brasil de negligência, mas não
possibilitou concluir que houve
um furto dentro da empresa.
"Se a empresa diz que há uma
quadrilha, ela nunca me provou
isso. Tanto é que eles acompanharam tudo com seus advogados e o
inquérito terminou e ninguém foi
indiciado (acusado). O inquérito
só serviu para provar a negligência
da Schering", disse.
Além do inquérito, o promotor
juntou aos autos mais dois volumes de laudos que obteve com a
Vigilância Sanitária, que realizou
inspeções na empresa e ainda não
autorizou a venda da Microvlar.
"Não é uma denúncia leviana. Está tudo nos documentos."
Segundo Ramos, não há motivo
para o inquérito ser remetido de
volta ao 11ºDP (Santo Amaro).
"Ele (o delegado Sergio Abdalla) deu por concluído, sem indiciar ninguém e não tem volta",
disse Ramos, que afirmou não ter
críticas ao trabalho policial.
"Eu tenho como certa a responsabilidade da empresa. Apontei 20
vítimas na denúncia. Por isso, não
tenho porque mandar o inquérito
de volta ao delegado."
O promotor, na denúncia, pediu
que Bitzer e Schenck sejam indiciados no inquérito policial. "Se
provas contra os acusados de distribuir o remédio aparecerem, não
me furtarei em acusá-los, mas a
maioria das vítimas é pobre e não
pode esperar mais."
(MO)
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