São Paulo, quinta, 6 de agosto de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Não há prova de furto, diz Ramos

da Reportagem Local

O promotor Pedro Manuel Ramos afirmou ontem que os elementos do inquérito policial só permitiram acusar a Schering do Brasil de negligência, mas não possibilitou concluir que houve um furto dentro da empresa.
"Se a empresa diz que há uma quadrilha, ela nunca me provou isso. Tanto é que eles acompanharam tudo com seus advogados e o inquérito terminou e ninguém foi indiciado (acusado). O inquérito só serviu para provar a negligência da Schering", disse.
Além do inquérito, o promotor juntou aos autos mais dois volumes de laudos que obteve com a Vigilância Sanitária, que realizou inspeções na empresa e ainda não autorizou a venda da Microvlar. "Não é uma denúncia leviana. Está tudo nos documentos."
Segundo Ramos, não há motivo para o inquérito ser remetido de volta ao 11ºDP (Santo Amaro).
"Ele (o delegado Sergio Abdalla) deu por concluído, sem indiciar ninguém e não tem volta", disse Ramos, que afirmou não ter críticas ao trabalho policial.
"Eu tenho como certa a responsabilidade da empresa. Apontei 20 vítimas na denúncia. Por isso, não tenho porque mandar o inquérito de volta ao delegado."
O promotor, na denúncia, pediu que Bitzer e Schenck sejam indiciados no inquérito policial. "Se provas contra os acusados de distribuir o remédio aparecerem, não me furtarei em acusá-los, mas a maioria das vítimas é pobre e não pode esperar mais." (MO)


Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.