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Apreendidas 11 t de cigarros falsos
DA FOLHA VALE
A Polícia Rodoviária Federal de
Lavrinhas (224 km de SP) apreendeu, anteontem, uma carga de 11
toneladas de cigarros falsificados
no km 18 da via Dutra.
Durante uma vistoria de rotina,
os policiais apreenderam um caminhão que transportava cigarros falsos da marca 775. As cerca
de 600 caixas foram avaliadas em
aproximadamente R$ 10 mil.
Em depoimento à Polícia Federal, o motorista do veículo, Luciano Maciel dos Reis, 36, disse que
há três anos era contratado por
um investigador do Depatri (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado) para
transportar cigarros do Rio para
um posto de combustíveis em
Guarulhos (Grande SP).
O Depatri confirmou que há um
funcionário com o mesmo nome
do investigador citado pelo motorista no departamento. A PF de
São José dos Campos apura a suposta participação desse policial
na quadrilha que comercializa cigarros falsificados no Estado.
De acordo com o delegado da
Polícia Federal de São José, Marcus Vinícius Deneno, em Guarulhos a carga era entregue a outro
motorista, que, segundo a PF, encaminhava os cigarros para o
bairro do Brás, em São Paulo.
O cigarro era produzido em
uma casa na região central da capital fluminense.
De acordo com o depoimento
prestado à PF, Reis recebia R$ 800
para transportar a carga ilegal.
Os policiais rodoviários perceberam que a carga era ilegal porque as notas fiscais em nome da
Indústria e Comércio Rei, com sede na região central do Rio de Janeiro, eram falsas.
Os documentos que acompanhavam os cigarros falsos foram
emitidos para a Fec Fornecedoras
de Navios Ltda., sediada em Santos (litoral sul de São Paulo).
"O motorista chegou a dizer que
o destino da mercadoria era Santos, mas, depois, acabou confessando que a entrega seria feita em
Guarulhos", disse Deneno.
De acordo com um levantamento feito pela Polícia Federal, a
empresa de navios está desativada
há cerca de dois anos.
Apesar de o envolvimento do
investigador com a quadrilha ainda não ter sido confirmado, a Secretaria de Estado da Segurança
Pública instaurou ontem sindicância para apurar o caso.
A assessoria de imprensa da secretaria não soube dizer há quanto tempo o policial trabalha como
investigador no Depatri nem se
ele será afastado de suas funções
enquanto o processo investigativo estiver em andamento.
Toda a carga que circula pelos
Estados brasileiros deveria ser
abordada por fiscais das Secretarias de Estado da Fazenda. Mas o
posto de fiscalização da secretaria
existente na via Dutra está desativado há cerca de dois anos.
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