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Confusos, internados ainda não tiveram alta
DA REPORTAGEM LOCAL
Os oito moradores de rua que
sofreram ataques no mês passado
no centro de São Paulo continuam confusos ou em estado que
dificulta a colaboração com as investigações da polícia.
No hospital de Ermelino Matarazzo, duas vítimas estão na enfermaria, mas ainda apresentam
estado de confusão mental e seguem sem previsão de alta. Mais
uma tomografia de avaliação será
realizada nesta semana.
Na Santa Casa, segundo informações transmitidas anteontem
pelo hospital, duas vítimas continuavam em estado grave. Ontem
a reportagem não localizou a assessoria de imprensa da unidade.
No Hospital do Servidor Público Municipal, onde está a maioria
dos moradores, um corre risco de
morte, outro encontra-se em estado gravíssimo e dois estão na enfermaria, mas também ainda têm
dificuldades para falar.
Todos os pacientes estão sob a
proteção do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa
da Polícia Civil. Na última quinta-feira, um investigador da escolta
aos moradores foi afastado sob
suspeita de ameaçar com uma arma um dos moradores que está
no HSPM, Regildo. A corregedoria da polícia investiga o caso.
Anteontem, a diretoria do hospital informou que o policial se
negou a dar seu nome ao entrar
na unidade junto com uma investigadora que também faria a escolta. A secretaria da Segurança
afirmou que o policial se exaltou
porque um dos pacientes teria
ofendido sua colega. Mas não
confirma que o interno era uma
das vítimas dos ataques.
Moradores de Guaianazes, na
zona leste, promoveram ontem
um passeio ciclístico contra os
ataques a quem vive na rua. Os
passeios, organizados pelo Conselho de Segurança do bairro,
passarão a ser feitos nos primeiros domingos de cada mês
"Na região, nunca tivemos problemas, mas decidimos mostrar
nosso repúdio às mortes", explica
Luís Antônio Duenas Gonzales,
diretor de segurança ambiental
do conselho. Cerca de 20 pessoas
participaram do evento.
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