São Paulo, terça-feira, 06 de setembro de 2005

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DIREITO DO CONSUMIDOR

Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, responsável pelo órgão, disse que vai recorrer

Justiça dá reajuste e encerra greve do Procon

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de 15 dias de greve, os funcionários do Procon-SP retomam as atividades hoje na capital. Ontem, após julgar a ação sobre a paralisação, o Tribunal Regional do Trabalho determinou que o Estado conceda um reajuste salarial de 16% para os trabalhadores, além de outros benefícios. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
De acordo com José Ricardo de Bastos, presidente da Associação dos Funcionários do Procon, a Justiça também determinou que o Estado pague um abono -que teria sido prometido pelo governo no ano passado- para todos os trabalhadores dentro de 30 dias, sob risco de pagamento de multa diária de R$ 100 mil.
A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Justiça e Defesa da Cidadania, responsável pelo órgão, confirmou a decisão judicial e disse que vai recorrer.
O Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) é um órgão público que funciona como mediador entre consumidor e empresa. Uma de suas funções é orientar os consumidores sobre seus direitos, além de acompanhar ações judiciais.
Durante a greve, as principais reivindicações dos servidores eram reajuste salarial, aumento do número de funcionários, assistência médica, adicional de periculosidade para os agentes fiscais e o pagamento do abono.
"Ficamos satisfeitos com a decisão porque ganhamos também um reajuste de 16% no vale-refeição. Amanhã [hoje] voltamos a trabalhar", afirmou Bastos.
Segundo a secretaria, cerca de 21 mil pessoas deixaram de ser atendidas no período da paralisação.
Na capital são três postos de atendimento: nas unidades Sé, Santo Amaro e Itaquera do Poupatempo. A unidade da Barra Funda não realiza atendimento direto ao público, apenas as audiências de conciliação, também suspensas com a greve.
O Procon-SP havia paralisado os atendimentos no dia 14 de julho. A categoria retomou as atividades uma semana depois para aguardar a proposta da secretaria. Como não houve acordo, a greve foi retomada em 18 de agosto.


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