DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL

Os cursos de primeiros socorros e de direção defensiva e a nova prova para renovar a carteira de habilitação chegam a custar até R$ 150 na cidade de São Paulo, conforme levantamento feito pela reportagem em 16 dos 45 estabelecimentos autorizados desde ontem a prestar esses serviços.
A quantia embute os R$ 36 do exame teórico que passou a ser exigido para boa parte dos condutores que estão com a autorização para dirigir vencida. Ela supera a recomendada pelo sindicato das auto-escolas paulistas, que sugeria R$ 81, já incluída a prova.
O valor de R$ 150 foi adotado pelo CFC Jóia, em Perdizes. O motorista também precisa pagar R$ 43,89 de exame médico e R$ 21,95 pela emissão da carteira, valores que já eram cobrados antes.
Além dos 45 CFCs (Centros de Formação de Condutores) já habilitados, outros 25 da cidade devem estar aptos para dar os cursos e a prova nos próximos dias.
Quem tirou a habilitação pela primeira vez a partir de 1998 está isento da exigência, porque essas aulas já vinham sendo dadas.
O motorista que precisa renovar a carteira e não estiver nessa exceção terá que fazer a prova, mas poderá se preparar para ela de forma variada: tem a opção de estudar em casa, por conta própria; fazer cursos à distância (pagando de R$ 36 a R$ 105, exame incluído, conforme identificou a reportagem ontem); ou fazer aulas nos CFCs (de R$ 60 a R$ 150).
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estima que 25 milhões de motoristas passarão pelas novas regras no país até 2010. Só em 2005 devem ser 3 milhões -mais de um terço em SP.
Segundo informação do sindicato das auto-escolas, havia ontem no Estado 407 estabelecimentos qualificados para a aplicação da prova, 70% do total. A lista completa está no site da entidade (www.sindautoescola.com.br).
Muitos CFCs estão vendendo as apostilas. O material pode ser obtido gratuitamente pela internet, tanto no site do sindicato como no www.denatran.gov.br.
A corrida ao Poupatempo -que gerou filas na semana passada- por parte de quem teve a carteira vencida até domingo não se repetiu ontem. Os motoristas nessas condições tinham só até sábado para evitar a necessidade de fazer a prova de direção defensiva e primeiros socorros, mas foram beneficiados pela prorrogação do prazo até 30 de setembro.
No Poupatempo Sé, por exemplo, foram atendidas apenas 620 pessoas ontem, contra 1.626 na quarta-feira passada.


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