São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007

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"Grooving" na pista de Congonhas será concluído hoje

Pista principal do aeroporto de SP ainda terá de passar por avaliação para que tenha seu uso liberado em dias de chuva

Presidente da Infraero disse que Brasília, Confins (MG), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) deverão ser novos pontos de distribuição de vôos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O "grooving" (ranhuras) na pista principal do aeroporto de Congonhas será concluído hoje, mas a pista terá que passar por uma inspeção e receber autorização para que seja liberado o seu uso em dia de chuva, disse ontem o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi.
Em nota, a Infraero informou que a partir de sábado a pista principal voltará a operar no horário normal, das 6h às 23h -durante a obra, a abertura foi retardada para as 8h. Ainda segundo a nota, ficarão por concluir as áreas de escape -nas cabeceiras, antes do ponto de toque das aeronaves em pouso-, obra que será realizada em mais dez dias.
Ronaldo Jenkins, diretor do Snea (sindicato das empresas aéreas), disse que aguarda uma definição da Anac ou do Ministério da Defesa sobre um aumento no número de operações em Congonhas.
A tendência, segundo ele, é retomar a quantidade de vôos anterior ao acidente (48 operações por hora) ou, no mínimo, saltar do limite de 33 operações por hora para 44 operações. "Seria inexplicável não retomar a quantidade de vôos que Congonhas é capaz de ter", afirmou Jenkins.
Gaudenzi anunciou que haverá mais rigor na medição de água acumulada na pista de Congonhas. Ele prestou depoimento ontem na CPI do Apagão Aéreo da Câmara.
"Não se faz vistoria de dentro de um carro, e [o profissional] tem que ser treinado. É lamentável o que houve e não vai se repetir", disse Gaudenzi, sobre a verificação de lâmina d'água em Congonhas em 17 de julho, após pedido da torre de controle e queixas de pista escorregadia feitas por pilotos. Pouco depois, o Airbus da TAM saiu da pista e se chocou contra um prédio, matando 199 pessoas. Gaudenzi disse ainda já ter 95% de certeza de que a malha aérea será reformulada para fazer dos aeroportos de Brasília (DF), Confins (MG), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) os novos pontos de distribuição de vôos, os chamados "hubs".
Ontem, teve alta a última vítima do acidente que continuava hospitalizada. Valdiney Nascimento Muricy, 33, trabalhava na TAM Express e pulou no momento em que o Airbus se chocou com o prédio. (LEILA SUWWAN)


Colaboraram ALENCAR IZIDORO, da Reportagem Local, e a Folha Online


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