|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Grooving" na pista de Congonhas será concluído hoje
Pista principal do aeroporto de SP ainda terá de passar por avaliação para que tenha seu uso liberado em dias de chuva
Presidente da Infraero disse que Brasília, Confins (MG), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) deverão ser novos pontos de distribuição de vôos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O "grooving" (ranhuras) na
pista principal do aeroporto de
Congonhas será concluído hoje, mas a pista terá que passar
por uma inspeção e receber autorização para que seja liberado
o seu uso em dia de chuva, disse
ontem o presidente da Infraero, Sérgio Gaudenzi.
Em nota, a Infraero informou que a partir de sábado a
pista principal voltará a operar
no horário normal, das 6h às
23h -durante a obra, a abertura foi retardada para as 8h.
Ainda segundo a nota, ficarão
por concluir as áreas de escape
-nas cabeceiras, antes do ponto de toque das aeronaves em
pouso-, obra que será realizada em mais dez dias.
Ronaldo Jenkins, diretor do
Snea (sindicato das empresas
aéreas), disse que aguarda uma
definição da Anac ou do Ministério da Defesa sobre um aumento no número de operações em Congonhas.
A tendência, segundo ele, é
retomar a quantidade de vôos
anterior ao acidente (48 operações por hora) ou, no mínimo,
saltar do limite de 33 operações
por hora para 44 operações.
"Seria inexplicável não retomar a quantidade de vôos que
Congonhas é capaz de ter", afirmou Jenkins.
Gaudenzi anunciou que haverá mais rigor na medição de
água acumulada na pista de
Congonhas. Ele prestou depoimento ontem na CPI do Apagão Aéreo da Câmara.
"Não se faz vistoria de dentro
de um carro, e [o profissional]
tem que ser treinado. É lamentável o que houve e não vai se
repetir", disse Gaudenzi, sobre
a verificação de lâmina d'água
em Congonhas em 17 de julho,
após pedido da torre de controle e queixas de pista escorregadia feitas por pilotos. Pouco depois, o Airbus da TAM saiu da
pista e se chocou contra um
prédio, matando 199 pessoas.
Gaudenzi disse ainda já ter
95% de certeza de que a malha
aérea será reformulada para fazer dos aeroportos de Brasília
(DF), Confins (MG), Guarulhos
(SP) e Galeão (RJ) os novos
pontos de distribuição de vôos,
os chamados "hubs".
Ontem, teve alta a última vítima do acidente que continuava hospitalizada. Valdiney Nascimento Muricy, 33, trabalhava
na TAM Express e pulou no
momento em que o Airbus se
chocou com o prédio.
(LEILA SUWWAN)
Colaboraram ALENCAR IZIDORO, da Reportagem Local, e a Folha Online
Texto Anterior: Colisão no Rio: Maquinista diz que houve erro na sinalização Próximo Texto: Nova regra: Distância de vôos poderá ser de até mil quilômetros Índice
|