free-lance para a Agência Folha

Em janeiro de 1982, 32 pessoas morreram com o rompimento de uma ponte, em um passeio à cachoeira de Sete Quedas, no município paranaense de Guaíra (649 km de Curitiba). A ponte ficava no Parque Nacional de Sete Quedas, administrada na época pelo IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal).
Os cabos de aço que sustentavam a ponte romperam, fazendo com que as pessoas caíssem de uma altura de 25 metros sobre o rio Paraná. A ponte, que tinha mais de 65 anos, não passava por manutenção desde 1969.
Mais de 900 pessoas ficaram isoladas em um dos rochedos que tinham ligação com a ponte. As equipes de resgate trabalharam por mais de uma semana em busca de corpos levados pelo rio.
O IBDF conseguiu isentar-se da responsabilidade pelo acidente e as vítimas não foram indenizadas. O diretor do IBDF do Paraná na ocasião, general Alcindo Gonçalves, disse que os culpados pelo acidente foram as vítimas, pois subiram em grande número na ponte ao mesmo tempo. "Alguns engraçadinhos balançaram os cabos de aço propositadamente."
O delegado e o prefeito de Guaíra acusaram o índio Pedimar Porã de ter planejado o acidente. Porã era o encarregado de fazer pequenos consertos na ponte.
O acidente de ontem foi o quarto desde a implantação do passeio de barco no rio. Nos anteriores, passageiros caíram dos botes, mas foram resgatados com vida.





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