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OUTRO LADO
Para prefeitura, perfil do escolão exige mais gastos
DA REPORTAGEM LOCAL
O chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Educação, Enéas Rodrigues, disse que a prefeitura tem o objetivo de fazer de São Paulo
"uma cidade educadora".
Para isso, segundo ele, é preciso adotar o conceito de que
"todos os espaços da cidade
são educacionais".
É a partir desse princípio
que ele justifica o custo de
manutenção dos CEUs.
"Queremos romper o conceito que se tem de educação
baseado simplesmente no
tripé professor, aluno e giz.
E, para romper essa formulação, é preciso uma manutenção adequada", afirma.
Rodrigues afirma que os
custos dos escolões são mais
elevados porque "é necessário contratar pessoas especializadas para trabalhar esporte e arte, por exemplo".
"O CEU não é um parque,
mas um centro educacional
e, portanto, toda atividade
dispõe de monitores", diz.
Rodrigues também contestou a opinião de opositores que afirmam que a prefeitura priorizou os CEUs
em detrimento de outras escolas. "Isso não é verdade
porque construímos 75 escolas nesta administração."
Ele disse que algumas escolas que estavam orçadas e
não foram construídas enfrentaram problemas como
a falta de desapropriação do
terreno, por exemplo.
"Em 2003, vamos gastar
quase 34% da arrecadação
com a educação; é o governo
que mais investe no setor."
Ele afirmou que o orçamento do próximo ano "é enxuto, mas contempla as necessidades da rede, dentro da
realidade de São Paulo".
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