São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2005

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Estudo aponta a origem de armas usadas no RJ

JOSÉ MESSIAS XAVIER
DA SUCURSAL DO RIO

Levantamento do número de armas apreendidas pela polícia do Rio, no período de 1993 a 2003, mostra que, de 86.849 armas usadas em crimes, 33% (28.930) eram registradas e pertenciam a cidadãos comuns; 39% (33.869) foram furtadas ou roubadas de seus donos e 28% (24.050), contrabandeadas de outros países.
Segundo o estudo "Fontes de Abastecimento do Mercado Criminal de Armas", 65% das armas registradas eram de indivíduos, e 29% foram desviadas do Estado.
A maioria das armas foi fabricada no Brasil, sendo que as que pertenciam a civis se constituíam basicamente de revólveres e pistolas (91%), e as oriundas dos estoques oficiais do Estado eram armas automáticas ou semi-automáticas de uso restrito das Forças Armadas (43% fuzis).
Esses números foram divulgados ontem pelo governo estadual do Rio após pesquisa feita nas 86 Delegacias Legais do Rio, cujo número de registro de armas apreendidas representa 85% do total de armamento sob custódia das delegacias do Estado.
A governadora Rosinha Matheus (PMDB) divulgou os números vestindo uma camiseta pela campanha do "sim" no referendo do desarmamento que ocorrerá no dia 23. Ela lembrou que perdeu um irmão de 20 anos assassinado com um tiro. "Esses números confirmam a importância do desarmamento", disse.
"Os estoques de armas legais são a principal fonte de alimentação do mercado de armas do submundo criminoso", afirmou Marcelo Itagiba, secretário de Segurança Pública do Rio, que coordenou a pesquisa, pelo Estado.


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