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Estudo aponta a origem de armas usadas no RJ
JOSÉ MESSIAS XAVIER
DA SUCURSAL DO RIO
Levantamento do número de
armas apreendidas pela polícia do
Rio, no período de 1993 a 2003,
mostra que, de 86.849 armas usadas em crimes, 33% (28.930) eram
registradas e pertenciam a cidadãos comuns; 39% (33.869) foram furtadas ou roubadas de seus
donos e 28% (24.050), contrabandeadas de outros países.
Segundo o estudo "Fontes de
Abastecimento do Mercado Criminal de Armas", 65% das armas
registradas eram de indivíduos, e
29% foram desviadas do Estado.
A maioria das armas foi fabricada no Brasil, sendo que as que
pertenciam a civis se constituíam
basicamente de revólveres e pistolas (91%), e as oriundas dos estoques oficiais do Estado eram armas automáticas ou semi-automáticas de uso restrito das Forças
Armadas (43% fuzis).
Esses números foram divulgados ontem pelo governo estadual
do Rio após pesquisa feita nas 86
Delegacias Legais do Rio, cujo número de registro de armas
apreendidas representa 85% do
total de armamento sob custódia
das delegacias do Estado.
A governadora Rosinha Matheus (PMDB) divulgou os números vestindo uma camiseta pela
campanha do "sim" no referendo
do desarmamento que ocorrerá
no dia 23. Ela lembrou que perdeu
um irmão de 20 anos assassinado
com um tiro. "Esses números
confirmam a importância do desarmamento", disse.
"Os estoques de armas legais
são a principal fonte de alimentação do mercado de armas do submundo criminoso", afirmou
Marcelo Itagiba, secretário de Segurança Pública do Rio, que coordenou a pesquisa, pelo Estado.
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