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Babá é flagrada agredindo bebê com down
Câmera escondida instalada pelos pais mostra que criança, de 1 ano e 9 meses, levou tapas e foi puxada de um sofá pela perna
Em depoimento, babá confirmou as agressões e disse que as fez porque estava com problemas em casa e descontou na criança
RENATA BAPTISTA
DA AGÊNCIA FOLHA
A babá Érica Oliveira Morais,
19, foi presa anteontem em
Uberlândia (526 km de Belo
Horizonte) após ser filmada
agredindo uma menina de um
ano e nove meses portadora de
síndrome de Down.
Os pais da menina, que trabalham fora de casa, resolveram
instalar uma câmera filmadora
escondida na sala. A iniciativa
foi tomada após alertas de vizinhos de que a criança estava
chorando muito durante o dia e
após constatarem hematomas
nas pernas da menina.
Nas gravações, de 21 e 22 de
setembro, a babá agride a menina com tapas, puxa-a pela perna e pelo braço, levanta-a pelo
rosto e a joga de um sofá ao
chão, entre outras agressões.
Os pais da criança, que preferiram não se identificar, levaram a denúncia e as imagens à
Promotoria, que solicitou e
conseguiu na Justiça a prisão
preventiva da babá. Érica foi
detida na casa dela.
A babá trabalhava para o casal havia três meses, recebia
um salário mínimo e foi contratada por intermédio de uma
agência de empregadas domésticas, que já não funciona mais.
Em depoimento à Delegacia
de Crimes contra as Mulheres,
Menores e Idosos de Uberlândia, Érica confirmou as agressões e disse que as fez porque
estava com problemas em casa
e descontou na criança. Segundo a delegada Ravênia Márcia
de Oliveira Leite, há imagens
dela se masturbando na frente
da criança no DVD entregue
pelos pais à Justiça. "Ela disse
que fez isso pois havia duas semanas que não mantinha relações sexuais com o noivo."
Leite afirmou que aparentemente a babá não possui distúrbios psiquiátricos e elogiou
a iniciativa dos pais da vítima.
"Eles foram diligentes e tomaram todos os cuidados para
desvendar o caso."
Na segunda, os pais da vítima
irão à delegacia para depor. Érica está detida no presídio Professor Jacy de Assis e pode ser
condenada de dois a oito anos
de prisão por tortura. Ela não
havia constituído advogado até
a conclusão desta edição.
Outro caso
Em fevereiro de 2005, a empregada doméstica Elenilça
Macimino dos Santos, 36, foi
presa acusada de espancar um
bebê de um ano. Ela foi filmada
por uma câmera instalada pelos pais da criança na casa onde
trabalhava havia dois anos e oito meses. No início do ano, ela
foi julgada e condenada a três
anos e quatro meses de prisão e
cumpre pena no mesmo presídio para o qual Érica foi levada.
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